ONU: EUA acusam Rússia por ‘atrocidades’ na Ucrânia, que se defende

17/03/2022 18:02
Por Matheus Andrade e Gabriel Bueno / Estadão

A sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tratando sobre as questões humanitárias na Ucrânia contou com uma série de acusações contra a Rússia e a defesa do representante do país, que disse que parte dos argumentos eram infundados.

Linda Thomas-Greenfield, representante dos Estados Unidos na ONU, afirmou que as forças de Moscou bombardearam um teatro em Mariupol, e disse que a “Rússia será responsabilizada por suas atrocidades”. A americana pediu para que o presidente Vladimir Putin pare com a matança e “retire suas forças” do país. Segundo ela, os EUA e aliados estão totalmente comprometidos a dar assistência à Ucrânia.

Por sua vez, o representante da Rússia, Vassily Nebenzia, afirmou que os EUA alimentam o conflito fornecendo assistência militar à Ucrânia. O diplomata afirmou que as alegações contra seu país são baseadas em campanha de desinformação por parte dos países ocidentais.

Segundo ele, a Ucrânia está sendo usada politicamente, já que seus parceiros “não poderiam se importar menos com sofrimento da população local”. O russo indicou ainda que o governo obteve novos documentos sobre desenvolvimento de armas químicas e biológicas na Ucrânia em parceria com os EUA, e que serão apresentados em sessão do Conselho amanhã.

O Brasil focou no aspecto humanitário do conflito, e destacou uma doação do governo local, incluindo nove toneladas de alimentos. O país pediu o imediato fim de hostilidades, e indicou que um cessar fogo abrangente representaria oportunidade para ajuda humanitária.

No geral, os representantes condenaram cerco às cidades ucranianas e pediram cessar de atividades militares. Alguns destacaram ainda o aumento global nos preços de alimentos e energia, o que pode causar tensões em uma série de partes do mundo, destacaram.

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