Opep mantém previsão para alta da demanda por petróleo em 3,36 milhões de bpd

14/06/2022 11:13
Por André Marinho, Gabriel Bueno da Costa e Letícia Simionato / Estadão

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deixou inalterada a previsão de aumento na demanda global por petróleo em 2022, em 3,36 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira. Se confirmado, o consumo atingiria 100,29 milhões de bpd este ano.

Do crescimento, a Opep estima que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) responderá por 1,77 milhão de bpd e países de fora do grupo, por 1,6 milhão de bpd.

A Opep espera que o arrefecimento nos gargalos de oferta contribua para sustentar a demanda por petróleo, bem como a retomada do turismo global.

Oferta fora do grupo

A organização comentou que a previsão para 2022 do crescimento da oferta de petróleo de fora do cartel foi revisada em baixa de 250 mil bpd, para 2,1 milhões de bpd.

Já a produção de petróleo da Rússia em 2022 teve revisão cortada em 250 mil bpd, enquanto a dos EUA também para o próximo ano foi mantida, em 1,3 milhão de bpd.

Segundo a Opep, os principais motores para o crescimento da oferta por petróleo em 2022 devem ser Estados Unidos, Brasil, Canadá, Casaquistão, Guiana e China. Por outro lado, deve haver recuo na produção em Rússia, Indonésia e Tailândia.

PIB global

A Opep também manteve sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2022, em 3,5%, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira.

No caso dos EUA, a previsão de alta do PIB para este ano caiu de 3,2% para 3,0%. Para a zona do euro, a projeção foi revisada de 3,1% para 3,0%. Para a China, se manteve em 5,1%. Para o Japão, foi de 1,8% para 1,6%. Já para a Rússia, a projeção se manteve em contração de 6%.

A Opep avalia que a atual projeção de crescimento da economia global, inalterada em relação ao mês passado, considera uma recuperação gradual da economia global no final do segundo trimestre e além.

“Presume-se que a situação na Europa Oriental não irá piorar, e que não causará maiores repercussões em outras economias, além de sua atual impacto”, diz o texto. “No entanto, será importante monitorar como os consumidores lidam com um déficit na oferta de produtos agrícolas da Ucrânia e da Rússia, e quais consequências de um declínio potencial nas exportações russas de combustíveis fósseis”, pondera.

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