Operação PII foi motivada após investigação sobre troca de empresas de ônibus no município
Nesta quarta-feira (29), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciaram as investigações a respeito de supostas fraudes em licitações do município de Petrópolis. Após apurações, foi constatado que a Operação PII foi motivada após investigação sobre troca de empresas de ônibus no município.
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Em julho de 2022, o município teria transferido, de forma irregular, linhas da empresa Cascatinha para a linha Cidade das Hortênsias. A partir desta data, a Cidade das Hortênsias passou a ser responsável por operar oito linhas do bairro Carangola, que antes era de responsabilidade da empresa Cascatinha.
O suposto esquema de corrupção, com dispensa de licitação e desvios de recurso da Companhia Petropolitana de Transportes (CPTrans), teria sido iniciado após as tragédias que atingiram o município em fevereiro e março de 2022.
Em agosto de 2022, foi iniciada a primeira fase da operação que cumpriu 13 mandados de busca e apreensão na casa do ex diretor-presidente da CPTrans, Jamil Sabrá. Na ocasião, foram apreendidos pela Polícia Civil aparelhos eletrônicos e mais de R$ 89 mil em espécie.
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O MPRJ informou que as investigações seguem em andamento, sob sigilo judicial decretado, razão pela qual não serão fornecidas outras informações.
O Setranspetro foi procurado e informou que, até o momento, não teve qualquer acesso aos termos da investigação instaurada, por autoridades, sobre um suposto envolvimento de duas empresas associadas. O Sindicato disse, ainda, que acredita plenamente na lisura de suas associadas na prestação do serviço público à população petropolitana. Por último, foi informado que o Setranspetro e as operadoras do Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros por ônibus seguem cumprindo os princípios da boa gestão, ética, transparência e moralidade.
A Prefeitura de Petrópolis também foi procurada e informou que, sobre a acusação de suposta irregularidade na transferência das linhas do Carangola, o próprio Tribunal de Contas do Estado recomendou a anulação do contrato com a Viação Cascatinha e que, para atender a recomendação, transferiu as linhas até a conclusão da licitação. Sobre o suposto esquema da CPTrans, no último ano, a Prefeitura não se manifestou.