Orçamento de quase R$ 1,7 bilhão sem a participação popular
E quando virar o ano, daqui a uma semana, a prefeitura vai ter uma receita estimada em R$ 1.697.346.121,75, a maior de todos os tempos acrescida ainda dos R$ 288 milhões a mais de ICMS que a cidade vem recebendo desde outubro de 2022. No ano 2000, para fins de comparação, o orçamento da cidade era de cerca de R$ 350 milhões. E a cidade muito dependia de repasses estaduais e federais para ter obras estruturais, programas novos e custear iniciativas. Hoje, resguardada as proporções da evolução dos gastos, a receita é muito maior e ainda assim se depende das outras esferas para política habitacional, por exemplo, que em 20 anos, pouco evoluiu, enquanto o déficit de casas seguras só cresce.
Sem voto popular
Mesmo com um valor desses de receita, o orçamento não se tornou participativo, uma promessa de campanha de Bomtempo – tá destacado na página 27 do Plano de Governo. Os moradores da cidade não foram chamados em audiência ou outro mecanismo de votação para apontar quais seriam as obras que devem ser realizadas. Com um orçamento desses, Bomtempo, entrando em seu último ano de gestão, poderia ter dado esse presente de Natal ao povo.
Mesmo caminho
As emendas propostas pelos vereadores acabam derrubadas pelo executivo com exceção das impositivas – cerca de R$ 1, 1 milhão para cada vereador – e mesmo assim enfrentam outro problema: falta de projetos e de vontade do governo em executar. Tanto que as emendas ao orçamento deste ano se perderam nas gavetas das secretarias. As 165 emendas impositivas para 2024 apresentadas pelos parlamentares devem ter o mesmo destino.
Prefeitáveis
E o ex-prefeito Leandro Sampaio que não esconde mais – muito pelo contrário, inclusive – o desejo de voltar a ser o chefe do executivo em 2024, aumentou a lista de pré-candidatos a prefeito no ano que vem. Por enquanto são nove os nomes que podem ir pra disputa: Leandro Azevedo (Solidariedade), Bernardo Santoro (Novo), Hingo Hammes (pode ir para o PP ), Octávio Sampaio (PL), Hugo Leal (PSD), Yuri (PSOL), Rubens Bomtempo (PSB), Leandro Sampaio (sem partido) e Bernardo Rossi (se ninguém topar ter Baninho como vice).
Substituto
E se Rubens Bomtempo se tornar inelegível, o PT que seria seu apoio – afinal o presidente do partido, Thiago França, acabou de embarcar no governo, na Secretaria de Esportes – pode lançar candidato próprio. E não deve ser Paulo Mustrangi.
Paixão
A gente fica olhando os perfis de nossos políticos nas redes sociais e além da camisa azul o que eles têm em comum? Todos escrevem que são ‘apaixonados por Petrópolis’. Imagina se não fossem..
Mas, gente…
E o vereador Dudu já faz planos para saber qual secretaria vai assumir no governo de Leandro Azevedo, afinal, ele é unha e cutícula com Waguinho, mandachuva estadual do Republicanos, a nova casa de Azevedo. Dizem que a preferência é pela Comdep.
Aluguel
E a gente já sabe que os vereadores vão se ‘mudar’ para um imóvel alugado na Barão do Amazonas enquanto o Palácio Amarelo, sede do legislativo, é reformado. Eles não disseram quanto tempo pretendem ficar por lá, mas o contrato de aluguel é de um ano iniciando em 31 de outubro. Pelo período vão ser gastos R$ 88 mil o que dá R$ 7,3 mil por mês. Considerando os aluguéis que a prefeitura contrata para repartições municipais até que está em conta. Mas, é sempre bom lembrar que este dinheiro (também) sai do nosso bolso. Todavia, os vereadores já empenharam o dobro do valor para o pagamento do aluguel. Será que pretendem ficar mais de um ano lá?
Rotativo também?
E aí ficamos pensando também: irão estacionar seus carros aonde? A área do imóvel tem vagas suficientes? E para os funcionários também ou vai ter aquela ‘reserva’ de vagas no estacionamento rotativo, uma mordomia que a gente não consegue entender como eles se permitem…
Contagem
E Petrópolis está há 227 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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