Outubro Rosa: diagnóstico precoce pode salvar vidas

13/10/2017 16:40

Petrópolis pode pela primeira vez bater a meta do Ministério da Saúde de ter 60% das mulheres de 50 a 69 anos com o exame de mamografia realizado. A prefeitura está oferecendo 3.100 exames para as mulheres em quatro unidades de Saúde, sendo, 1.680 apenas no Hospital Alcides Carneiro e o restante serão agendados no Centro de Saúde e em duas clínicas particulares conveniadas ao SUS. Atualmente há 7.350 mamografias realizadas no municio, destas, 4.209 apenas na faixa etária alvo. Em contrapartida, há 464 mulheres diagnosticadas com câncer de mama no município.

A indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos. Mas em casos específicos, como casos da doença na família, a recomendação dos médicos é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos e anualmente. Além disso, o Ministério também preconiza que o tempo entre a detecção da doença e o início do tratamento seja de até 60 dias.

 O prefeito Bernardo Rossi, na abertura oficial da Campanha do Outubro Rosa, realizada em 5 de outubro apresentou os bons índices de prevenção e realização de exames e consultas em mulheres no município que tem aproximadamente 22 mil usuárias do Sistema Único de Saúde. Destas, 4.564 realizaram o exame. Este ano, de janeiro a setembro, foram realizadas 7.350 mamografias, sendo 4.209 apenas na faixa etária alvo preconizada pelo Ministério da Saúde – de 50 a 69 anos. 

“Os números mostram que estamos no caminho certo. Eu acompanho o trabalho da APPO há muito anos e hoje me orgulho em estar como prefeito aumentando o acesso das mulheres aos exames preventivos de câncer de mama e de útero. A Ana Cristina foi fundamental no meu projeto de lei que ampliou a realização do exame de mamografia em todo o Estado”, relembra Bernardo Rossi.

O município reforçou a estratégia de prevenção e a pactuação para ampliar a oferta de mamografias para reverter os baixos índices do ano passado. O secretário de Saúde, Silmar Fortes, destaca que as ações de prevenção ao câncer de mama devem ser mantidas diariamente, uma vez que em média 45 mulheres morrem por ano de câncer de mama.

 “Tínhamos esse desafio na gestão, realizamos em nove meses praticamente o mesmo número de exames que foram realizados durante todo ano de 2016, mas apenas no público-alvo que é preconizado pelo Ministério da Saúde, que são as mulheres de 50 a 69 anos. A mamografia é um exame importantíssimo para mulher, pois se diagnosticado precocemente é o câncer que mais apresenta chances de cura.”, avaliou Silmar Fortes, secretário de Saúde.

Câncer de Mama é o que mais oferece chances de cura se for detectado precocemente

Segundo dados do CTO – Centro de Terapia Oncológica, em 2016, em Petrópolis, foram diagnosticados 561 pacientes do SUS com câncer de mama, sendo destes, 98 pacientes não residentes na cidade. Este ano, os números até agosto, correspondem a 464, sendo 69 moradores de outras cidades. De acordo com a Estimativa sobre Incidência de Câncer, no Brasil serão 57.120 mil tumores de mama por ano. Apesar do aumento nos números de casos, as mortes por câncer de mama vem diminuindo, isso porque, é grande o avanço nos medicamentos utilizados no tratamento da doença.

De acordo com o médico do CTO Mauro Sérgio Vieira de Melo, “o trabalho da equipe médica é fundamental na garantia do bem-estar do paciente. A mortalidade antigamente era maior, hoje em dia, temos novos métodos, temos um grande avanço no tratamento do câncer.”, afirma.

A mamografia é fundamental para a detecção precoce da doença. De acordo com a médica radiologista do Hospital Alcides Carneiro, Karuline Catein caso no diagnóstico, o tumor ter menos de 1cm, as chances de cura podem chegar a 95%. 

“Quando detectado em fases inicial, há mais chances de tratamento e cura. O autoexame também é muito importante. A paciente precisa observar qualquer sintoma fora do comum e conversar com o seu médico. A mamografia é o principal método de triagem para detectar precocemente os tumores de mama. Por isso o médico deve fazer o alerta e explicar ao paciente a importância de realizar esse exame”, reforça. 

Com histórico de câncer de mama na família, a professora de música Célia de Souza Caruso, 60 anos, descobriu a doença precocemente em um exame de rotina.

“Minha mãe teve e eu e minha irmã fazemos regularmente. Descobri ainda na fase inicial, já estou em tratamento e com a expectativa até de poder fazer um trabalho voluntário na APPO com música junto às pacientes”, anuncia a professora.

Já a dona de casa, Maria de Fátima Kronemberg, de 57 anos, está há 18 anos sem realizar o exame. Em uma rotina médica descobriu três nódulos malignos.

“A gente vai adiando, deixando pra depois. Se puder dar um conselho as mulheres é esse que elas façam regularmente. Mas com tudo isso não tenho que me queixar do SUS, do primeiro atendimento, fechamento de diagnóstico e tratamento foi tudo muito rápido e eficiente”, destaca a dona de casa.


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