Outubro Rosa: micropigmentação é usada para resgatar autoestima de pacientes
A notícia veio em dezembro de 2016, bem no período das festividades. Não houve outra forma senão aceitar o diagnóstico: câncer de mama. A notícia caiu como uma bomba na vida de Cirlene Duque, de 48 anos, mesmo assim o apoio incondicional de toda família deu forças para que ela pudesse passar por mais essa adversidade. Em maio de 2017, foi realizada a cirurgia, em seguida um longo caminho de tratamento Sete meses de quimioterapia e um mês de radioterapia.
Com isso vieram as mudanças físicas. O cabelo caiu, a sobrancelha também. Segundo a psicóloga Natascha C. Takey, o diagnóstico de um câncer traz muitas dúvidas, incertezas, e medo. Por isso, o apoio da família é fundamental para que esse momento seja enfrentado com amor e resiliência. “Algumas pacientes lidam com a perda do cabelo com extremo incômodo, e isso provoca a falta de reconhecimento da autoimagem. Para isso não ser tão doloroso o uso da maquiagem, lenços e perucas são recursos para driblar esse momento”, afirmou a especialista.
Além disso, a micropigmentação nas sobrancelhas e também as aréolas fazem a diferença. Foi pensando nessa melhora da auto estima que Cirlene decidiu participar de um concurso para ganhar o procedimento no rosto, e ela foi a grande vencedora. “O rosto é o nosso cartão de visitas. Me senti viva e linda de novo após a micropigmentação. Agradeço muito a Day do blog Viver Eu Quero, que colocou a Linda Feitoza no meu caminho. No meu caso não foi necessário fazer a micro nos seios, mas faria, com certeza, se houvesse a necessidade”, afirmou.
Apesar dos benefícios, o procedimento deve ser feito com um profissional qualificado. “É necessário observar a sensibilidade da pele de um paciente oncológico. Até porque quem iniciou o tratamento recentemente não pode fazer, e posteriormente só com autorização do médico. Além disso, existem os cuidados antes e depois da micropigmentação, são iguais aos aplicados em outras pessoas. Há cerca de um ano e meio, atendi a minha primeira cliente com esse perfil, e confesso que a gratidão e satisfação delas é tão grande que o trabalho se torna ainda mais especial. Fico muito emocionada com elas”, contou a micropigmentadora Linda Feitoza.
Atualmente, Cirlei faz tratamento oral com medicação e continuará essa rotina por mais cinco anos. Apesar de ter sido um momento muito difícil, ela afirma que fez questão de se informar bastante sobre a doença, e se agarrou nos filhos e principalmente na netinha, na época recém-nascida, para lutar contra a doença. “Ela está com dois aninhos agora e é o amor das nossas vidas! Ela é meu porto seguro”, disse apaixonada.