Para Guedes, choque externo levou a previsões equivocadas, a começar pelo FMI

17/08/2022 18:07
Por Antonio Temóteo, Eduardo Laguna e Aramis Merki II / Estadão

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 17, que os choques externos decorrentes da pandemia da covid-19 e da guerra na Ucrânia levaram o mercado a fazer previsões econômicas equivocadas para o Brasil. Segundo ele, o erro inicial foi do Fundo Monetário Internacional (FMI) e se alastrou para os demais economistas. As declarações foram feitas durante o Tag Summit 2022.

Guedes relembrou que a economia brasileira caiu 3,9% em 2020, menos que os países europeus, e está em plena recuperação econômica. “Eu tenho um pouco de conhecimento, experiência e estava acompanhado os dados. E falei que o Brasil ia voltar em V. Muitas críticas foram feitas. Trocamos os eixos da economia brasileira com reformas. Não é uma mais uma economia dirigida por investimentos públicos e sim por investimentos privados. Como fizemos uma mudança enorme dos marcos regulatórios, temos um compromisso de R$ 890 bilhões para os próximos 10 anos”, disse.

Segundo Guedes, os R$ 890 bilhões de investimentos representam 11 vezes o valor que o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas tinha disponível no orçamento para investir.

O ministro da Economia também afirmou que torce para que Tarcísio seja eleito governador de São Paulo.

Ainda afirmou que há maior previsibilidade na economia brasileira com as reformas, que houve a despedalada de bancos públicos e as empresas estais, que davam prejuízo, agora dão lucro de R$ 180 bilhões. “Fazemos mais do que todos governos anteriores, mas não fazemos barulho. As medidas lançadas após guerra na Ucrânia são transitórias e pagas por receitas extraordinárias. Controlamos salários do funcionalismo e pela primeira vez todos estados estão no azul. Levantamos o teto para combater os efeitos da pandemia e da guerra da Ucrânia. Mas agora são medidas transitórias pagas por receitas extraordinárias não orçadas”, disse.

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