Parceiros de Ouro III

Dando seguimento à série intitulada Parceiros de Ouro, que visa mostrar aos leitores o importante trabalho que é prestado por esses parceiros em benefício da cidade de Petrópolis e de sua população sob os mais variados aspectos, vamos enfocar o trabalho realizado no jornal Tribuna de Petrópolis. O título "de Petrópolis" esteve presente em inúmeras publicações petropolitanas desde o final do século XIX. Assim, desfilaram A Gazeta de Petrópolis (1892 substituindo O Mercantil); a Tribuna de Petrópolis (1902 substituindo O Povo); o Cidade de Petrópolis (1902); além do Diário de Petrópolis e do Jornal de Petrópolis. Em um artigo, já publicado, escrevi: “Os jornais e o jornalismo chegaram ao século XX no auge do seu prestígio e popularidade.

O período entre 1890 e 1920 é conhecido inclusive como Era De Ouro dos Jornais. A partir de 1980, com o surgimento e popularização dos computadores e da Internet, o jornalismo clássico se reinventa e surge o chamado Web jornalismo, praticado na Internet. Apesar da diminuição da importância dos jornais devido às novas tecnologias, os jornais e a atividade de jornalismo tradicional ainda ocupam um espaço de grande destaque no mundo, sendo a segunda principal mídia atrás apenas da televisão.” Nesta semana, mais especificamente na 2ª feira dia 09, foram comemorados os 115 anos da bela trajetória jornalística da nossa Tribuna de Petrópolis. Fico imaginando o árduo e responsável trabalho que toda uma equipe em total dedicação se empenha na elaboração de um jornal diário. São diferentes áreas que compõem as suas páginas com a finalidade de melhor informar a população da nossa cidade. Seria redundância declinar elogios ao trabalho desenvolvido por toda a equipe da Tribuna. Em vez disso e a nível de curiosidade, divulgarei alguns anúncios retirados do livro “Petrópolis através de seus anúncios” da historiadora Mariza da Silva Gomes, publicados nos jornais da época. 

Jornal O PARAHYBA: 28/02/1858 – “ATTENÇÃO: Avisa-se ao sujeito lá do alto, que no dia 25 do corrente teve a habilidade de pular pela janela de uma casa e dirigir palavras a uma senhora que na casa se achava… de não continuar, do contrário terá seu nome publicado”; 28/06/1859 – “ATTENÇÃO: A pessoa que na noite do dia 17 do corrente levou um chapéo de sol novo do hotel de Bragança sem que fosse seu, talvez por engano, e deixou o seu sendo já velho, tenha a bondade de o mandar destrocar. No dito hotel e quando assim o não faça será o seu nome publicado, pois que o caixeiro sabe a quem entregou.” Jornal “O MERCANTIL”: 20/04/1881 – “CHAPÉO DE SOL: Roga-se á pessoa que por engano levou do armário da sacristia do Sacramento um chapéo de sol inglez com cabo de marfim, tendo no centro o nome Lima, entregá-lo na agência do correio, podendo nessa occasião receber o que deixou no mesmo lugar.” Jornal “Gazeta de Petrópolis”- 27/01/1900: “POR FAVOR: Rogo as pessoas que conhecem Julio Merusi, informa-lhe que o seu amigo o espera na ponte do Piabanha.” Jornal “Tribuna de Petrópolis” –  09/09/1904: ATTENÇÃO: Em pleno dia continuam boiadas transitando pelas ruas públicas, o que é expressamente prohibido pela lei municipal”; 23/03/1905: “AVISO: Na entrada do túnel do Quissamã antehontem de noite, houve afinada música de pancadarias… nas costas de Fulgêncio de tal, que ainda a esta hora com certeza se lembra do vigor das notas”;19/08/1910: CARTOMANTE ESTRANGEIRA: De passagem por esta cidade prediz o passado, presente e futuro. Cura diversas moléstias: útero, fígado, areia nos rins; feridas, corrimentos; syphilis, úlceras, grippes; febres, etc… dá diagnóstico da moléstia sem que o doente diga o que sente.”. Enfim, parabéns à Tribuna, sem dúvida uma parceira de ouro de Petrópolis.

achugueney@gmail.com