Passageiros reclamam da falta de troco em ônibus de Petrópolis

**Matéria atualizada às 17h13 com o posicionamento do Setranspetro

Desde 13 de maio do ano passado, a passagem dos ônibus em dinheiro custa R$ 4,95. No entanto, ao pagar com uma nota de R$ 5, nem sempre os passageiros têm os R$ 0,05 de troco devolvidos. O tema gera debate entre os usuários do transporte público.

No cartão, a passagem tem um desconto e cai para R$ 4,80 – redução de R$ 0,15. Apesar de ser mais prático, nem todos os usuários utilizam o cartão e pagam a passagem no dinheiro. É o caso de Carolina Serra, moradora do Amazonas, que diz que normalmente paga a passagem com os R$ 5,00, mas nem sempre tem os R$ 0,05 de troco devolvidos.

”Para mim, realmente, é uma questão que eu já até acostumei. Não me faz tanta diferença porque eu acostumei a não receber os meus cinco centavos de troco de volta”, relata.

Ela ainda ressalta um ponto importante: caso o passageiro não tenha os R$ 4,95 para embarcar no ônibus, certamente não vai conseguir realizar a viagem.

“O motorista ou o cobrador, provavelmente, vai exigir os cinco centavos até porque, se não, ele vai ter que colocar no lugar. Então, acho que é uma questão de bom senso”, comenta a passageira.

Crise no transporte público

Além de não ter o troco devolvido, os passageiros ainda precisam lidar com atrasos, quebras frequentes e falta dos horários dos ônibus. É o caso dos moradores do Jardim Salvador, que têm sofrido com a quebra constante dos coletivos no bairro. De acordo com um dos moradores, em uma semana, o ônibus quebrou todos os dias na localidade.

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O que diz o Setranspetro

O Setranspetro informou que todos os profissionais sabem que o valor da tarifa de ônibus em dinheiro é R$ 4,95. Sendo assim, é uma obrigação restituir o troco, mesmo que seja de R$ 0,05. O sindicato reforça, ainda, que o passageiro pode economizar, caso o pagamento seja por meio do cartão Riocard. Neste caso, a tarifa é de R$ 4,80 e o cliente economiza R$ 0,15.

Segundo o Setranspetro, caso algum colaborador se recuse a devolver o troco, qualquer cidadão pode relatar o caso ao sindicato, pontuando o dia, horário, linha e o número de série do ônibus (que fica na parte superior, próximo ao motorista, como também na lateral do veículo), para que o colaborador seja chamado pela empresa, ouvido, instruído e até advertido, se necessário.

O Setranspetro finaliza informando que atualmente o número de transações por dinheiro nos ônibus em Petrópolis é “extremamente inferior” ao número de transações por meio eletrônico. A cada sete passageiros que passam pela roleta, por exemplo, apenas três pagam em dinheiro.