Paulo Barbosa: mais um projeto que não saiu do papel

14/07/2022 02:23

Em 2019, o projeto tinha sido aprovado pelo Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural) e seria apresentado ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A rua ganharia calçadas mais largas, abrigos e baias de ônibus, instalação de bancos e pontos de jardinagem, além de soluções de acessibilidade e vagas de estacionamento para idosos e pessoas com deficiência. Tudo isso em parceria com a iniciativa privada.

Mobilidade

O projeto foi apresentado na gestão Bernardo Rossi, depois veio a pandemia, a gestão interina de Hingo Hammes e nunca mais se falou no assunto. Mas, ele podia ser retomado, afinal, a via, além de importante, é uma das mais feias do Centro Histórico e podia mesmo ser melhorada não apenas por conta do visual, mas também da mobilidade.

Mafuá

Quem frequenta a área sabe: as filas dos bancos se misturam com as filas dos pontos de ônibus, é grande a quantidade de mercadinhos, têm ambulantes não licenciados o tempo todo, as calçadas são pequenas para tanta gente e é a rua de maior índice de atropelamentos da cidade.

Ainda a Washington Luiz

Longe de a gente se meter na vida de nossas autoridades, mas era preciso dar uma acelerada na obra da Washington Luiz ou colocar um tapume em toda a sua extensão. Afinal de contas, a maioria dos turistas que chegará para a Bauernfest vai passar por ali e o cenário é bem ruim.  Os moradores já até se acostumaram com escombros, afinal, estamos vivendo isso há meses, mas o visitante pode se assustar.

Para ajudar na preservação dos jardins do Museu Imperial, as equipes de manutenção e jardinagem criaram uma estufa.  A iniciativa surgiu como uma forma sustentável de manter as espécies, pois devido ao próprio ciclo de vida ou a intempéries climáticos, os canteiros podem apresentar falhas ou plantas que precisam ser retiradas. Com a estufa é possível fazer a substituição por uma nova muda, mantendo os espaços sempre renovados.

Leite fake

Depois da ‘mistura de creme de leite’ e do requeijão feito de ‘composto lácteo’ tem o leite fake, feito de ‘soro de leite’. Já chegou a Petrópolis e tá caro: beira os R$ 5.

Acelera, porque vai sair caro!

Ficamos depois pensando sobre o novo Centro Administrativo da prefeitura que vai funcionar no Hipershopping, no Alto da Serra, em janeiro. A prefeitura alega uma economia de aluguel porque lá estarão as secretarias de Administração, Obras, Assistência Social e Desenvolvimento Econômico, que hoje funcionam no prédio da Barão do Rio Branco, alugado, mais a do Meio Ambientem que fica na Avenida Koeler, também em imóvel locado.

Mais de R$ 1 milhão em seis meses

Mas no Hipershopping serão realizadas obras que vão durar seis meses. Então, antes de ‘economizar’, nós vamos gastar. Afinal, serão mais seis meses de R$ 55 mil de aluguel pelo prédio da Barão, mais seis meses de R$ 21 mil pela casa do Meio Ambiente na Koeler e mais seis meses de aluguel pelo espaço no Hipershopping por R$ 102 mil, que é o tempo que vai durar a adaptação do imóvel para receber as secretarias. Assim sendo, são R$ 456 mil somados Barão e casa do Meio Ambiente, na Koeler, mais R$ 612 mil pelo espaço no Hipershopping. Noves fora, até dezembro, é mais de R$ 1 milhão.  E torcendo para que se cumpra a promessa de tudo estar pronto em janeiro.

14 anos na mesma

Enquanto a prefeitura gasta com alugueis, não consegue cuidar dos seus próprios municipais. Um dos exemplos mais reais – porque fica à vista – é o casarão na esquina das ruas Floriano Peixoto com Alberto Torres, em pleno Centro Histórico. Desapropriado em 2008 pela prefeitura continua se despedaçando a olhos vistos.

Me diz onde tem um céu desta cor porque a gente desconhece que exista outro igual. Para completar o cenário, a Catedral, novinha em folha. Ana Kutter clicou.

Nada ainda

Em abril a prefeitura concluiu as licitações para a construção da creche e do posto de saúde no Vicenzo Rivetti, onde foi construído o condomínio popular com 776 unidades para desabrigados das chuvas. A creche (R$ 999 mil) e a da Unidade Básica de Saúde (R$ 3,3 milhões) ainda não tiveram as obras iniciadas.

Melhor ver isso, gente!

A gente já provocou aqui algumas vezes, mas os vereadores fizeram ouvidos de mercador. Não seria adequado fiscalizar a região conhecida como Fazendinha, às margens da BR-040, para onde foram levados mais de 100 milhões de quilos de detritos das enchentes, local que está recebendo também mensalmente todo o entulho ‘normal’ que antes seguia para o aterro de Pedro do Rio, desativado em março? Quem sabe assim um Fred Procópio que já foi secretário de Meio Ambiente possa se interessar.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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