Payet celebra um ano no Vasco e avisa: ‘Quero deixar minha marca e conquistar títulos’

16/ago 12:07
Por Estadão

Há um ano, o francês Dimitri Payet, 37 anos, desembarcou no Rio de Janeiro para vestir a camisa 10 do Vasco. Ídolo do Olympique de Marselha e com passagens por clubes como Nantes, Saint-Étienne e West Ham, o meia ajudou o clube a se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro do ano passado e, com muita técnica, visão de jogo e precisão nos passes, logo conquistou o carinho da torcida cruzmaltina, que até adaptou um axé em sua homenagem quando ele entra em campo.

“É emocionante jogar para uma torcida tão incrível. Não há nada mais bonito do que ouvir um canto cantando em sua homenagem. É ótimo para sua confiança e moral. Recentemente, minha esposa e meus filhos estiveram no Brasil e foram algumas vezes a São Januário. Eles puderam sentir de perto todo esse carinho que os vascaínos possuem por mim”, comentou Payet à Revista do Vasco.

“Quando a minha esposa vê tudo que venho construindo, o amor que recebo da torcida, companheiros e funcionários, percebe que todo nosso sacrifício valeu a pena. Só reforça a felicidade da nossa escolha. Como já disse antes, eu precisava dessa paixão. E sou muito grato aos vascaínos por tudo que fazem por mim.”

Desde que chegou a São Januário, Payet fez 39 partidas, anotou cinco gols e deu nove assistências para os companheiros irem às redes adversárias. Depois de sofrer com lesões musculares e dores no joelho, o meia vem recuperando o protagonismo no time e a liderança do elenco.

“Sinto o Payet muito mais feliz jogando. Ele tem exercido mais liderança no vestiário, fala e se expõe mais. Com ele bem em campo, a chance de vitória é cada vez maior”, elogiou o técnico Rafael Paiva após a vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, pelo Brasileiro, no qual o camisa 10 foi o destaque.

Agora contando com a companhia de Philippe Coutinho, o francês tem planos ambiciosos para o clube que o acolheu no Brasil. “Quando vim para cá, muitas pessoas disseram que seria impossível a permanência na Série A (em 2023), mas aceitei o desafio e tudo deu certo. Fizemos algo memorável, que nunca um time havia feito, mas o Vasco pede mais. Quero deixar minha marca aqui, conquistar títulos, e venho me dedicando muito para isso todos os dias. Temos um bom grupo e sei que, se conseguirmos nos manter conectados, podemos ir longe. E as recompensas são títulos”, disse o jogador, que recebeu o apoio da família do ídolo Roberto Dinamite para vestir a camisa 10 do Vasco.

“A história do Dinamite é magnífica! E saber que a família dele aprovou minha escolha para vestir a camisa 10 é incrível. Sei que a pressão é alta, que a responsabilidade é enorme, mas amo desafios como esse, vivo para isso. O que posso dizer é vou sempre procurar fazer para honrar sua memória e tudo que ele fez pelo Vasco. E sei que através disso serei uma referência para todos os jovens do Vasco. Gosto do estilo deles, do controle de bola, da maneira como provocam e driblam. É um estilo de jogo autêntico, livre, menos quadrado. E isso combina comigo”, explicou Payet.

“Vem sendo uma linda experiência. Quando saíram as notícias da minha vinda, muitos jogadores franceses falaram comigo e destacaram o fato do Vasco ser uma referência no mundo pelas lutas contra o racismo. Fiz a escolha certa e posso dizer hoje que o Vasco tem um lugar no meu coração”, afirmou o meia.

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