Pequenos cuidados são fundamentais para evitar câncer de pele, alerta oncologista do CTO

10/12/2020 18:56

Somente neste ano mais de 176 mil brasileiros devem ter câncer de pele não melanoma. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e mostra a importância de sensibilizar a sociedade para cuidados simples e básicos que podem evitar a doença – que já representa 30% do total de casos de câncer no país. Por isso, foi criada a campanha Dezembro Laranja, que traz informações sobre o combate ao câncer de pele justamente com a chegada do verão e conscientiza sobre a importância do diagnóstico precoce.

A oncologista Ingrid Moura, do Centro de Terapia Oncológica (CTO) de Petrópolis, falou sobre o tratamento e garantiu: além de ser a melhor alternativa, é fácil se cuidar. Segundo a médica, os primeiros sinais que podem apontar o câncer de pele são manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não se cicatrizam em até quatro semanas, especialmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol. Ou seja: se aparecer um nódulo, uma ferida, ou uma mancha persistente, é preciso procurar um dermatologista. O médico fará um exame clínico – ou a dermatoscopia ou biópsia – para investigar o caso.

Existem dois tipos de câncer de pele não melanoma: o carcinoma basocelular, que se caracteriza por lesão e tem evolução lenta; e o carcinoma epidermoide, que surge por ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente as decorrentes de queimadura. Nos dois casos, a cirurgia é o tratamento mais indicado.

Para prevenir o câncer de pele alguns cuidados são fundamentais, como evitar a exposição ao sol em horários em que a incidência dos raios ultravioletas é maior. “É preciso evitar os horários entre 9h e 16h. Para algumas pessoas, no entanto, isso é inevitável e, por isso, o uso do protetor solar é fundamental – inclusive em dias nublados, pois os raios ultravioletas estão ali, mesmo com o sol escondido. Também é recomendável buscar sombras, toldos ou guarda-sóis, além do uso constante de bonés e chapéus”, disse a oncologista.

E, se por um lado, o uso do protetor solar é imprescindível; por outro, é importante que a pessoa use o produto certo, com o fator ideal para cada tipo de pele. Por isso, a dica é consultar um dermatologista, que irá analisar as condições de cada tipo de pele e, a partir daí, indicar o produto mais adequado.

A oncologista do CTO Petrópolis ressalta, ainda, que o uso do protetor solar diário é recomendado a partir dos seis meses de idade. “Antes dos seis meses não é recomendada a exposição solar do bebê e nenhum filtro solar. Dos seis meses aos dois anos, indicamos os filtros solares mais espessos que são menos absorvidos pela pele. A partir dos dois anos, as crianças podem usar os filtros mais comuns”, disse.

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