Petrobras anuncia redução no preço da gasolina, mas postos de Petrópolis mantêm valores do fim de maio

19/06/2023 16:00
Por Helen Salgado

Na última quinta-feira (15), a Petrobras anunciou redução de R$ 0,13 no preço médio de venda do litro da gasolina nas refinarias. O valor é referente a um corte de 4,66%. Por isso, o preço da gasolina passou a ser de R$ 2,66 por litro a partir da sexta-feira (16). No entanto, nesta segunda (19), os valores nos postos de Petrópolis ainda não foram reajustados. Os valores permanecem os mesmos desde o fim de maio.

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No posto de gasolina em Itaipava, a gasolina comum custa R$ 5,99 e a aditivada R$ 6,04. O valor é o mesmo do dia 26 de maio, quando a Tribuna noticiou uma redução anunciada pelo Governo Federal.

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No Centro de Petrópolis, o valor da  gasolina comum é o mesmo, R$ 5,99. Já a aditivada, está um pouco mais cara: R$ 6,09. Em cidades vizinhas, como Teresópolis, o mesmo combustível custa R$ 5,39 e a aditivada, R$ 5,44. No entanto, segundo informações do posto, não houve alteração nos valores na última semana.

No Recreio dos Bandeirantes, no município do Rio de Janeiro, a gasolina comum também está mais barata, no valor de R$ 5,49 e aditivada, R$ 5,89. De acordo com informações do posto, também não houve alteração nos preços.

Procon não pode intervir nesses casos

No fim de maio, a Secretaria Nacional do Consumidor promoveu o Mutirão do Preço Justo com o Procon. A ação teve o objetivo de verificar se a redução anunciada pelo Governo Federal chegaria às bombas nos postos de combustíveis. Em Petrópolis, o Procon fiscalizou mais de 40 postos.

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No entanto, nesta nova redução apresentada pela Petrobras, Fafá Badia, coordenador do Procon Petrópolis explica que, em razão da competência legal do Procon, não é possível intervir ou até mesmo sugerir os preços praticados pelos postos.

“A não ser quando esse reajuste tenha a própria lei ou decreto como origem. Foi o que aconteceu com o decreto do teto do ICMS. Aquela redução de impostos teve que ser repassada, obrigatoriamente, ao consumidor”, lembra.

Badia afirma que houve uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal a respeito e não se chegou à uma conclusão positiva. Na ocasião, foi apurado que os comerciantes de Petrópolis adquirem o produto em valores mais elevados junto às distribuidoras. De acordo com o profissional, as planilhas sugeridas pelas refinarias levam em conta, até mesmo, a característica das cidades.

No entanto, Badia afirma que o Procon segue na supervisão da qualidade do combustível, além do monitoramento e envio de dados sobre os preços para a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor.

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