Petrópolis mantém saldo negativo de empregos em fevereiro
O Ministério do Trabalho divulgou esta semana os dados das contratações formais em fevereiro. No mês, Petrópolis teve saldo negativo, foram 51 demissões. Os números são bem diferentes do ano passado, quando a cidade fechou o período, com 224 contratações. A queda nas admissões formais revela que a cidade está sentindo os efeitos da crise econômica que atinge o país. Os setores do comércio e construção civil puxaram as demissões.
"O comércio sempre sofre o impacto da crise. É uma reação em cadeia, se algum segmento está demitindo é menos dinheiro que circula e com isso o comércio acaba prejudicado. Menos vendas é sinal de mais trabalhadores demitidos", lamentou o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Ernane Corrêa Magalhães.
Em fevereiro deste ano foram 1.924 admissões contra 1.975 demissões. No comércio foram 548 contratações e 644 trabalhadores foram demitidos, um saldo negativo de 96 postos de trabalho. No mesmo período de 2016, o setor também fechou o mês de forma negativa, foram 537 contratações e 603 demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Apesar do cenário negativo, o presidente do sindicato acredita em bons resultados para os próximos meses. "Os três primeiros meses geralmente são de demissões. Quem contratou para o Natal acaba demitindo os funcionários no início do ano. Em março já percebemos que a quantidade de homologações vem caindo", disse. Atualmente o setor conta com aproximadamente 12 mil trabalhadores.
Além do comércio, o seguimento de construção civil também fechou o mês de fevereiro com saldo negativo, perdendo 35 postos de trabalho. Foram 184 admissões contra 219 demissões. No mesmo período de 2016, o setor fechou positivamente, com 72 novos postos. foram 206 contratações e 134 desligamentos.
O presidente do Sindicato da Construção Civil, José Maria Rabelo, acredita que o cenário só deve mudar a partir do meio do ano. "Tivemos grandes empreendimentos que paralisaram as obras no fim do ano passado e ainda não retomaram, isso é reflexo da crise. Se não há comprador para os imóveis, a obra para e os trabalhadores são demitidos", disse o sindicalista.
Na contramão da crise, o setor de serviços é que o vem crescendo e pelo segundo ano consecutivo vem admitindo mais que demitindo. De acordo com o Caged, em fevereiro deste ano foram criados 102 novos postos formais – foram 938 admissões contra 836 demissões. No mesmo período do ano passado, o saldo foi ainda mais positivo: 198 contratações a mais. Foram 968 admissões e 770 desligamentos.
O setor de serviços, ou terciário, engloba várias atividades como transporte, turismo, restaurantes e hotéis, serviços bancários, corretagem de imóveis, entre outros.