Petrópolis perde mais de 2,5 mil vagas de emprego formal em abril
O número de demissões em vagas formais de trabalho disparou em abril deste ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que em abril houve 3.138 demissões e apenas 498 admissões em Petrópolis. O número de desligamentos supera em 2.640 o número de postos de trabalho na cidade. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia. Este é o pior resultado já registrado no município, de acordo com o levantamento.
Desde o início dos decretos de distanciamento social, o município perdeu 3.534 postos de trabalho. Foram 894 em março. Neste primeiro quadrimestre, o total de desligamentos chega a 9.264 e de admissões 5.782. O que resultou em um saldo negativo de menos 3.482 postos de trabalho.
No estado do Rio de Janeiro, o setor que mais perdeu postos de trabalho foi o de serviços, foram menos 45.044 vagas formais. Nas subcategorias, o setor de alojamentos (hospedagens) e alimentação perdeu 16.531 postos. Em seguida, o setor do comércio perdeu 21.278 postos. A Indústria Geral perdeu 8.923 e a Construção Civil um total de 7.948. Em um quadro geral, no estado em abril foram menos 83.626 postos de trabalhos. Foram 115.218 demissões e 31.592 admissões.
O cenário no país não é otimista. O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que o resultado reflete os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira. No país, foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações, um saldo de menos 860.503 postos de trabalho.
Rio de Janeiro é o que mais fez acordos em abril dentro do Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda
Entre abril e maio, o estado do Rio de Janeiro foi o que mais fez acordos entre empregadores e empregados dentro das regras do Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, foram 622.262 empregados beneficiados. Em seguida estão o estado de Minas Gerais, com 602.164, e Rio Grande do Sul, com 352.990 acordos.
A maior parte dos acordos foi feita sob o regime de suspensão do contrato, foram 4.440.160. Em seguida, redução de 50% (1.430.918); redução de 25% (1.125.167); redução de 70% (991.683) e intermitente (167.069). O setor que mais fez acordos dentro do programa foi o de serviços, com 3.140.627. O comércio fez 2.068.638; a indústria 1.843.989; construção civil 202.153; agropecuária 21.683 e outros serviços 877.907.
O Programa Emergencial de Preservação do Emprego e Renda passou a valer a partir de 1º de abril, pela Medida Provisória 936/2020. O programa prevê que os trabalhadores que tiverem a jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado receberão o Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (Bem).
Esta é a primeira divulgação dos dados do Caged após a adoção da coleta de informações com base no Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). As informações passaram a ser agrupadas por estado, e com a reformulação a distribuição dos setores da economia passaram a ser mais detalhada. A divisão adotada é a mesma utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Leia também: Atendimento presencial do seguro-desemprego cresceu 58,7% na primeira quinzena de maio