Petrópolis possui o tratamento mais avançado para a hiperplasia benigna da próstata

12/03/2017 07:00

Petrópolis possui o tratamento mais avançado para a hiperplasia benigna da próstata (HPB), doença com grande incidência nos homens. A nova tecnologia de vaporização a laser, que permite a intervenção inclusive em casos que antes eram contraindicados, está disponível no Núcleo de Cirurgias Minimamente Invasivas do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis desde a segunda semana de março.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 50% dos homens são afetados pela doença após os 50 anos. A estatística mostra a importância do investimento para a cidade, que possui 298.158 habitantes, sendo 26.863 homens na faixa etária de maior risco, com 50 anos ou mais, segundo o último censo realizado pelo IBGE.

O equipamento reduz significativamente os riscos de sangramento, possibilitando que a técnica seja aplicada em pessoas com problemas cardíacos, que não podem suspender o uso de anticoagulantes (medicamento que “afina” o sangue). O método abrange ainda um número maior de pacientes se comparado à técnica anterior, que limitava a cirurgia para próstatas de até 100g.

O médico urologista Michael Cerqueira, que integra a equipe de especialistas do Hospital SMH, explica que o GreenLight?XPS, que utiliza “luz verde” na terapia, leva a uma recuperação mais rápida, já que a intervenção é minimamente invasiva.

“A grande vantagem desse procedimento mais moderno é que ele permite que o paciente, na maioria das vezes, receba alta no mesmo dia”, revela Michael Cerqueira, acrescentando ainda que a maioria dos pacientes já vai para casa sem sonda. “A melhora dos sintomas urinários acontece de forma precoce e a pessoa pode retornar para as suas atividades normais em pouco tempo”, pontua o urologista.

 Consequências graves

A HPB é caracterizada pelo crescimento benigno da glândula (localizada abaixo da bexiga),?que obstrui a uretra, podendo causar problemas no sistema urinário. Vontade frequente e incontrolável de urinar, dificuldade para iniciar a micção, jato de urina fraco e sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada são alguns dos sintomas mais frequentes do problema, que afeta 14 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.

As consequências desta condição podem incluir a presença de sangue na urina, infecção urinária de repetição, cálculos na bexiga, retenção urinária e insuficiência renal. A cirurgia por técnica minimamente invasiva é indicada em casos onde o paciente não responde ao tratamento medicamentoso.

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