Petrópolis se ressente de uma liderança
Nunca poderia imaginar uma situação dessas. Passado todo esse tempo da eleição municipal, a cidade continua sem ter um prefeito. De quem é a culpa? De muita gente, começando pela Justiça Eleitoral, que aceitou o registro de candidatura fora da lei, ou seja, de candidato Ficha Suja e portanto incapaz de assumir o cargo, se fosse eleito.
A partir daí, deu-se o imbroglio: assumiria em seu lugar o presidente da Câmara de Vereadores, até que a Justiça definisse a situação, uma vez, sabe-se lá porque, o escolhido pelo povo foi justamente um renomado Ficha Suja.
E é então que me bate – e não só por isso… – o nome do inolvidável prefeito PAULO RATTES. Fosse ele vivo, estaria completando 87 anos. Para a morte não há remédio, mas recordar seus mandatos – foram três — e seu valor na administração dessa cidade vai bem nesse hora de tamanha indefinição.
Digo isso não apenas como amiga, mas na condição de quem teve a honra de atuar como sua Assessora de Comunicação no seu último mandato, quando vi de perto e não por ouvir dizer, do que era capaz sua capacidade poltica e seu carisma. RATTES usava esses dons que Deus lhe deu não só, por exemplp, pra manter o preço das passagens de ônibus inalterados por um quatriênio, mas também para influenciar junto à governança do Estado do Rio de Janeiro se tal fosse necessário para o bem de Petrópolis.
O prestígio dele, na verdade, não era apenas interestadual: fez parte a vida inteira do MDB, Movimento Democrático Brasileiro, que nada tem a ver com o hoje PMDB do CENTRÃO, mas com o grupo dos chamados “Autênticos”, que tinham à frente o saudoso ULYSSES GUIMARÃES, grande responsável por nossa Constituição Cidadã, datada de 1988, à qual não faltam abutres tentando derrubar as garantias conseguidas pelos brasileiros desde então.
Recordo PAULO RATTES hoje não movida tão só pela saudade do amigo: sei que onde está descansa em Paz e está melhor que nós,5 assistindo um desgoverno genocida matar mais de 180.000 brasileiros e fazendo de tudo para que nosso povo compre e use armas impunemente, esquecendo-se que Segurança Pública é dever do Estado e não dos cidadãos. Ajo assim porque, crendo na vida eterna, peço a PAULO que envie sua Luz, o espírito conciliador que sempre demonstrou diante dos embates políticos e sua grande liderança a quem de direito. Porque essa indefinição administrativa, que tanto angustia os petropolitanos, precisa acabar o quanto antes.