Petrópolis tem aumento de 107,41% nos casos de dengue neste ano

26/fev 15:45
Por Maria Julia Souza

A alta nos casos de dengue tem sido motivo de preocupação para diversas regiões do Brasil, com o Rio de Janeiro registrando números acima da média. Na última semana, o Governo Estadual decretou epidemia de dengue no estado do Rio. Em Petrópolis, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, a cidade registrou, até o momento, 280 casos confirmados neste ano.

O número registrado somente nos primeiros meses de 2024 é 107,41% maior quando comparado com o registrado durante todo o ano de 2023, quando houve a confirmação de 135 casos. Já em 2022, a cidade registrou 14 casos de dengue. De acordo com a Secretaria de Saúde, até o momento, 17 pessoas foram internadas em decorrência da doença e não houve registro de óbito.

Casos de Zika Vírus e Chikungunya

Na contramão do aumento de casos de dengue, o município informou que nenhum caso de Zika Vírus foi registrado na cidade nos primeiros meses deste ano e em 2023.

Já em relação a Chikungunya, durante o ano passado, foram registrados três casos da doença. Neste ano, até o momento, foram quatro registros. Em ambos os anos, não houve óbitos registrados.

Números no estado

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), até o dia 22 de fevereiro, foram registrados 59.162 casos de dengue em todo o território fluminense.

Ainda segundo o Estado, na primeira semana epidemiológica do ano – entre 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024 – 10,5% dos 6.487 testes de antígeno realizados na rede pública tiveram resultados positivos. Já até o último dia 17, a taxa de positividade aumentou para 29,9% nos 14.419 testes realizados.

Dia D em Petrópolis

O Comitê Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses, em reunião realizada na última semana, deliberou a intensificação de medidas de controle e mobilização para o combate à Dengue no município. Entre as ações, está a realização do Dia D, marcado para 2 de março, afim de sensibilizar a população sobre a necessidade da união de todos contra a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

Prevenção

O controle do vetor Aedes aegypti é a melhor forma de prevenir a dengue e outras arboviroses urbanas, como Chikungunya e Zika, seja pelo manejo integrado de vetores ou pela atuação da população, eliminando os focos do mosquito em seus domicílios e quaisquer outros espaços de vivência, como o local de trabalho, igrejas, centros espíritas e escolas.

Deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas e tampas, impedindo depósito de ovos do mosquito. Medidas de proteção individual para evitar picadas do Aedes aegypti devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão.

A proteção contra as picadas do mosquito é necessária principalmente durante o dia, já que é o período em que ele mais “atua”. Os horários com maior incidência de transmissores ocorre entre 6h e 10h, e 16h e 20h.

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