Petrópolis tem grande número de flanelinhas; grupo intimida e cobra valores específicos por vagas

29/11/2022 15:32
Por Helen Salgado

A cobrança e a presença de grupos grandes de flanelinhas têm intimidado os motoristas que precisam de uma vaga em locais concorridos em Petrópolis. Bruno Baetas, morador, conta que eles chegam a cobrar de R$ 10 a R$ 15 por uma vaga próximo ao Palácio Quitandinha. Com a chegada do Natal Imperial e do aumento no número de turistas e petropolitanos na cidade, o problema pode se tornar ainda maior.

Para Bruno, a presença dos flanelinhas tem sido cada vez mais recorrente nos pontos mais frequentados da cidade, como nos arredores do Palácio Quitandinha, Centro, Catedral, perto da Cervejaria Bohemia, entre outros. “Aos fins de semana é insuportável parar os carros na cidade. Tem muitos [flanelinhas], é impressionante.”, conta.

O morador diz que muitas das vezes opta por pagar estacionamento para não deixar o carro na rua, por conta do alto número de flanelinhas, principalmente aos domingos – que o estacionamento na rua é gratuito.

No Palácio Quitandinha, um dos pontos turísticos mais visitados em Petrópolis, em alguns momentos, os flanelinhas até brigam para conseguir estacionar os carros e ganhar uma gorjeta dos motoristas.

Não é raro a presença de agentes da Polícia Militar para intervir nas brigas ocasionadas pelos guardadores de carros, principalmente nas vagas próximo ao Palácio Quitandinha.

“O Palácio Quitandinha é insuportável. Dependendo do número de carros estacionados, eles [flanelinhas] já chegam pedindo R$ 10, R$ 15. Aquela região toda do Centro também é horrível.”, afirma.

No último sábado (26), Bruno esteve na cafeteria em frente à Catedral São Pedro de Alcântara e foi abordado por três flanelinhas que estavam no local. Além de pagar o estacionamento na rua, Bruno também foi abordado pelos guardadores. Ele ainda cita que, quando eles não recebem gorjeta, [os flanelinhas] se revoltam e xingam os motoristas.

Em resposta à Tribuna, a Guarda Civil Municipal (GCM) informou que atua nas regiões onde há denúncias de flanelinhas, orientando os mesmos sobre a prática ilegal de extorsão ou intimidação dos motoristas.

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