Petrópolis vai monitorar raios para prever a chegada de temporais
A partir do final do mês a cidade terá o monitoramento de temporais a partir de uma rede própria de detecção de raios. A empresa vencedora da licitação foi a Symtech Representações Ltda. Carioca, a empresa vai espalhar sensores em pontos estratégicos para a identificação das descargas elétricas. A tecnologia permite acompanhar a evolução das tempestades desde o momento em que elas iniciam sua formação. Inclui o cálculo de tempo da chegada dos temporais e quais as áreas serão mais suscetíveis. O contrato, de R$ 114 mil, vale por 12 meses.
Mais tempo para ação
Com quase sete mil raios em média por mês no verão o que não falta a Petrópolis é ferramenta para que esta tecnologia funcione. Com o sistema operando e transmitindo dados em tempo real para a Defesa Civil é esperado que se tenha um intervalo maior entre a tempestade iniciar a sua formação e, de fato, cair, para possibilitar que providências como evacuação de locais e fechamento de ruas sejam decididas.
“Tem risco, mas na minha casa, não”
Ainda falando sobre as chuvas e as mais de 27 mil casas em áreas de risco em toda a cidade – a revisão do levantamento do primeiro distrito vai ser atualizada por determinação judicial – existe um estudo, muito interessante, feito por uma aluna da Universidade Federal Fluminense, de Nova Iguaçu. Na época, Cristiane Oliveira usou a pesquisa de campo na Rua Amazonas, no Quitandinha, uma das áreas de risco da cidade, para apontar a percepção que as famílias (não tem) sobre os riscos. O trabalho acadêmico: “Tem risco, mas na minha casa, não”, de 2018, é emblemático.
Ainda sobre o lanche
Ainda sobre o lanchinho fino dos vereadores que eles reservaram R$ 35 mil somente de janeiro a agosto e com dispensa de licitação comprando diretamente em uma padaria da cidade, vale lembrar que existe uma lei antiga e uma nova, de licitações. Essa nova tem regras que não estão na anterior e não se pode fazer uma ‘combinação’ das duas ou ora usar uma e ora, outra. Tem que escolher uma e usar para tu-do! Desconfiamos que a Câmara estará bem encrencada.
Cadê a ligação que tava aqui?
Um leitor da coluna pediu ajuda “para entender o que ocorreu com a ligação Bingen-Quitandinha, antes tratada como prioridade, mas, atualmente, mais esquecida do que limão em porta de geladeira”. E ele tá certo! Desde o último anúncio que seria em 20 dias se passaram… 14 meses!
O gato comeu!
Em dezembro de 2021, o governo interino de Hingo Hammes fez melhorias ali no Quitandinha, mas o governo do Estado, na sequência, disse que precisava pavimentar. Aí vieram as chuvas de fevereiro e março de 2022 e nunca mais ninguém falou no assunto. Mas não era prioridade e faltava um tiquinho assim de providências para funcionar?
Situação de rua
Interessantes os números da prefeitura sobre a população em situação de rua da cidade. Eles dizem que houve uma queda de 19% desde 2021: passou de 170 para 137. Ou seja, 33 pessoas não estariam mais nas ruas. Mas onde estão? Ressocializaram com suas famílias? Mudaram de cidade? Como foi feito este trabalho?
57 nas ruas
A prefeitura também informa que o número de ‘acolhidos’ nas suas unidades teve um aumento de 82%: passou de 44 para 80. Mas, ‘acolhidos’ apenas indo tomar banho e receber refeições ou estão mesmo pernoitando nas unidades? Então teríamos ‘apenas’ 57 pessoas dormindo nas ruas? Talvez algum vereador possa ver de perto esses números.
Números divergentes
A prefeitura diz que os números do CadÚnico – cadastro para acesso a benefícios do governo federal – que apontam que seriam 386 famílias que se autodeclararam em situação de rua estão defasados. Mas em dados ainda de 2021, do Consultório de Rua, que presta assistência de saúde pelo município, o número de pessoas seria em torno de 250, quantitativo apresentado oficialmente em reuniões com o Ministério Público. Se a gente considerar então o número de 170 que a prefeitura diz que eram ano passado, 80 evaporaram.
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