Petropolitanas investem na produção de cangas diferenciadas e conquistam mercado
As cangas são acessórios indispensáveis da moda praia. Após anos seguindo o mesmo padrão, chegou a hora de reinventar a peça, que é fundamental nos guarda-roupas femininos. Nas vitrines e nas redes sociais aparecem, pelo menos, dois modelos diferentes: a canga toalha, que é dois em um, e a canga redonda. Ambas, são produzidas por petropolitanas e estão fazendo sucesso na internet.
A estilista Rebeca Nussenbaum, 27 anos, tem a arte da costura nas veias. Ela cresceu rodeada de malhas, máquinas de costura, tesouras e fita métrica. Com um toque de orgulho e uma pitada de carinho revelou que amava o ofício dos pais e decidiu também seguir e “enfrentar o mundo mágico e trágico do vestuário”.
“Peguei gosto e venho desenvolvendo minhas ideias. Lembro que as primeiras roupas que criei foram para vender. Peguei peças básicas e criei em cima delas bordados de sobras de tecido e transformando em flores, círculos, corações. Mas desabrochei mesmo depois da minha mãe ter trazido duas máquinas para começar o ‘Nosso Ateliê’ em casa”, lembra.
Foi assim, que a inspiração de produzir as cangas toalhas surgiu. Em um cantinho super aconchegante, reservado no segundo andar da sala, Rebeca somou amor, família e trabalho. “Sem a menor pretensão, resolvi apostar em algo novo e vi que as cangas toalha estavam em alta. Como tinha muitas bandeiras e sobras de tecido, comprei o material e decidi fazer também. Elas são ótimas porque são práticas, já que o modelo tem dupla utilidade".
A primeira leva, Rebeca contou que foram 10 peças, que venderam imediatamente. Depois disso, confeccionou novas cangas e seu estoque foi ao fim novamente. Ao perceber que ali havia um negócio promissor, a estilista resolveu fazer mais peças e vender na praia. “Aí sim foi o sol me iluminando! As pessoas valorizam muito o fato de eu mesma fazer e me dão muita força”, revelou.
A aprovação nas areias levou a criação da conta no Instagram, @criacoesboome. Lá podem ser encontrados também outros produtos como almofadas, capa de cadeira de praia, produzidos com tecidos reaproveitados. “É um espaço onde vou colocando toques de amor quando tenho novidades”, garante. As cangas têm 1,10 de largura por 1,40 de comprimento e são feitas com 100% viscose, metade 100% algodão. Elas são vendidas à R$ 110.
Recortes redondos também são tendência
Aquelas que apostaram nas cangas redondas também fizeram bom negócio. Isso porque o modelo disputa lado a lado com a canga toalha o título de queridinha das areias no verão 2017. Formada em direito, Juliana Campos, 29 anos, também investiu na produção de cangas.
Os modelos e estampas são escolhidos um a um e as peças são confeccionadas por uma costureira. “Sempre gostei de moda e meu pai sempre trabalhou em confecção. Eu adorava trabalhar na loja, mas nunca havia tido algo próprio. Ano passado vi o modelo em uma rede social do exterior e estavam todas muito caras. Eu sempre quis uma e por isso resolvi investir na produção da peça. Comecei a fazer em junho para vender, mas só em agosto as vendas alavancaram”, conta.
Em agosto Juliana criou a conta no Instagram para divulgar os modelos. Em três meses a divulgação na rede, que atualmente é o meio de comunicação chave para lançar tendências, rendeu a venda de mais de 100 peças. “As mulheres querem algo de qualidade e fácil de usar. A canga é leve, prática e o modelo arredondado é o seu diferencial. Mas o mais importante é que cobro um preço que acho justo e acessível", disse.
As cangas redondas são vendidas no @Da.Juu. Elas medem de 1,45 cm a 1,55 cm e custam R$69. Tiaras e bolsinhas também estão disponíveis no perfil. A Juliana já adiantou que em breve haverá novidades como kimonos que poderão ser usados, ou não, como saída de praia. Ela aposta ainda na proposta de que “menos regras e mais liberdade para se vestir” é o futuro da moda.