Petropolitanos não devem usar 13º para quitar dívidas

03/12/2016 12:25

Petrópolis está inserida na 3° região que mais concentra inadimplentes, de acordo com o Mapa da Inadimplência no Brasil do Serasa. Cerca de 24,5% da população do Sudeste não paga suas dívidas. Com a chegada do período de recebimento do 13° salário, algumas pessoas aproveitam o abono para pagar pendências, mas a maioria utiliza o dinheiro para fazer compras de Natal.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), todas as capitais mostram que cinco em cada dez brasileiros que recebem 13° (52,9%) utilizarão ao menos parte do valor para fazer as compras de Natal, sendo que 10,8% pretendem gastar todo o valor. 

Entre os 27% que não pretendem utilizar a renda extra com presentes, o principal destino será economizar ou investir (26,6%), além de quitar dívidas para organizar a vida financeira (26,4%) e pagar impostos de início de ano, como IPTU e IPVA (11,4%).

Em Petrópolis ainda há alguns estabelecimentos que trabalham com crediário, como a loja de vestuário Mac’s. O índice de inadimplência lá, de acordo com o dono, Nilton Macêdo, é relativamente baixo, cerca de 4%. Isso porque para o primeiro crediário o cliente deve atender uma série de requisitos bem rigorosos. Contudo, Macêdo não teve muitas expectativas de recebimento de dívidas no fim do ano: “O meu índice de recuperação no Natal é baixo. A pessoa que fica devendo uma vez dificilmente paga. Acontece de um ou dois pagarem, apenas”, disse.

De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal “Meu Bolso Feliz”, José Vignoli, é importante refletir sobre o uso racional do 13° salário, por mais que seja tentador ceder aos apelos de consumo durante o Natal e as comemorações de Ano Novo. “Qual é a prioridade? Essa é a pergunta que a pessoa deve fazer. Quitar contas em atraso, por exemplo, deve vir antes de qualquer desejo de compra”, explica Vignoli.

Em um ano, mais de um milhão de brasileiros entraram na lista de inadimplentes, totalizando 58,7 milhões de pessoas. Ainda assim, volume de dívidas caiu 3,42%. No mês de outubro, o número de consumidores com contas atrasadas e registrados nos cadastros de inadimplentes desacelerou, crescendo 0,21% na comparação com o mesmo mês de 2015, a menor expansão em cinco anos, segundo dados do indicador apurado pelo SPC e pela CNDL.

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