Petropolitanos querem o fim da ação dos flanelinhas

15/03/2020 10:48

Encontrar vagas para estacionar o carro nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente próximas aos pontos turísticos da cidade. Por outro lado, o que os motoristas encontram com facilidade são flanelinhas. Nos fins de semana, eles agem durante todo o dia e de segunda a sexta, é possível encontrá-los depois das 20h, quando o estacionamento rotativo deixa de ser cobrado.

Um dos pontos turísticos onde há maior presença dos flanelinhas é no Hotel Quitandinha. As ruas no entorno do palácio são tomadas por eles, que abordam os turistas pedindo um “dinheirinho para o café”. “Alguns já vem pedindo R$ 5, como se fosse uma taxa única para deixar o carro”, disse o publicitário, de 33 anos, que preferiu não se identificar.

Ele contou que no último fim de semana estava no Hotel Quitandinha quando foi abordado pelos flanelinhas. “Eles se dividem por áreas e fazem todo tipo de abordagem. No tempo em que fiquei lá não vi nenhum guarda ou policial. Não há nenhum tipo de fiscalização e a prática deles é cada vez mais comum e acontece sem que ninguém impeça”, comentou o publicitário.

A atividade irregular foi alvo de um projeto de lei da Câmara Municipal no fim do ano passado. O texto de autoria dos vereadores Leandro Azevedo e Antônio Brito, proibia a ação dos flanelinhas na cidade, mas acabou sendo vetado pelo prefeito Bernardo Rossi.

A ação dos flanelinhas foi tema da enquete da Tribuna online dessa semana. Noventa e quatro por cento dos internautas que participaram da pesquisa são contrários à atividade, que não tem nenhum tipo de fiscalização ou regulamentação por parte do poder público. 

Em nota, a Prefeitura informou que a Guarda Civil Municipal mantém uma rotina diária de rondas de patrulhamento em todo o Centro, além de outros bairros, para coibir a prática da atividade irregular. No entanto, cabe ressaltar que o combate à atividade é prejudicado pela falta de registro por parte da vítima na delegacia. Cabe lembrar que a Guarda Civil já chegou a deter flanelinhas, mas para a prisão ser efetuada, é necessário que a vítima acompanhe os agentes à delegacia, o que, em geral, não ocorre.

 

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