PF e MPRJ prendem quatro policiais civis por venda de 16 toneladas de droga a facção do Rio

19/10/2023 11:11
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Federal, em conjunto com MPRJ, realizou a “Operação Drake” para prender quatro policiais civis e um advogado pela prática de tráfico de 16 toneladas de maconha, além do crime de corrupção.

Na ação, cerca de 50 policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende/TJRJ. Os mandados são cumpridos na capital fluminense e em Saquarema/RJ, em endereços ligados aos criminosos, já denunciados pelo Ministério Público, bem como na cidade da Polícia Civil, especificamente na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.

De acordo com a investigação, que teve início em ação integrada do serviço de inteligência da PRF com a PF, na comunicação e monitoramento do veículo suspeito, duas viaturas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da PCERJ abordaram um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro.

Após escoltarem o caminhão até a cidade da Polícia Civil, os policiais negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante ao pagamento de propina.

Com a concretização do pacto criminoso, três viaturas escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.

O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) em conjunto com Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Resende e com auxílio de promotores de justiça de outros órgãos do parque fluminense.

Sobre a operação

O nome da operação DRAKE, remete ao pirata e corsário inglês Francis Drake que saqueava caravelas que transportavam material roubado e se julgava isento de culpa em razão da origem ilícita dos bens.

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