Piscina desaba sobre garagem após estrutura ser corroída por infiltração
Uma piscina desabou em cima da garagem de um prédio em Itaparica, no município de Vila Velha, no Espírito Santo, durante a noite da última quinta-feira, 22. Imagens captadas pelo sistema de segurança do edifício mostram o momento em que a estrutura da cobertura cede e invade o andar de baixo, ocupado apenas por um carro.
De acordo com a Defesa Civil do Espírito Santo, não houve nenhum ferido no acidente e o carro que é visto estacionado nas imagens já havia sido retirado antes da vistoria feita na sexta-feira, 23. Todas as famílias que ocupavam os 90 apartamentos do edifício foram removidas e a orientação é que, por ora, elas não retornem ao local.
O major Fábio Maurício Rodrigues Pereira, chefe do Departamento de Prevenção da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Espírito Santo, explica que o motivo do desabamento foi uma corrosão na estrutura de amarramento que sustentava a piscina. “Temos certeza absoluta. A laje estava engastada e o aço que a ligava à viga foi oxidado por uma infiltração da própria piscina. As barras (estribos) que não foram corroídas romperam por fazerem um esforço maior que a sua capacidade de resistência”, afirma.
Com a corrosão dos cabos, o concreto que sustentava a piscina fissurou e rompeu. Ao desabar, a estrutura ainda causou prejuízos à laje de baixo, onde fica a garagem do prédio. De acordo com Pereira, foram encontradas marcas de trincas, fissuras e cabos de proteção expostos durante a vistoria, mas a estrutura total do prédio ainda não apresenta risco imediato de desabamento. “A obra da garagem precisa ser reconstruída. O pilar principal de sustentação sofreu o maior esforço com a queda. Quando retirarmos a laje que caiu sobre o piso, pode acontecer um novo movimento da estrutura e isso gerar um novo prejuízo”, aponta.
O prédio é uma obra da Argo Construtora e começou a ser habitado há cerca de três anos. A empresa é a mesma responsável pelos reparos, como previsto em contrato. De acordo com a Defesa Civil, ainda será necessário fazer ensaios não destrutivos no local, para identificar possíveis sintomas não visíveis na estrutura.
Em nota, a Argo Construtora disse que lamenta o incidente e está prestando assistência às famílias do prédio. “Nos prontificamos de imediato em arcar com todos os custos dos moradores com hotel e afins, visando que essa situação seja vencida com o menor impacto possível”, afirma o texto.
A previsão, de acordo com a empresa, é que os moradores retornem ao prédio até a próxima terça-feira, 27.