Plano de Mobilidade Urbana de Petrópolis é apresentado a empresários em reunião na Firjan

28/10/2019 16:20

O Plano de Mobilidade Urbana de Petrópolis (PlanMob) foi apresentado aos empresários da indústria durante reunião dos conselhos Empresarial e Deliberativo da Firjan Serrana, na última semana (24/10). O diretor técnico operacional da CPTrans, Luciano Moreira explicou informações sobre o documento que reúne diretrizes de políticas públicas para a mobilidade da cidade.

O relatório conta com 180 projetos que propõem soluções para melhoraria do fluxo de veículos nos cinco distritos da cidade e obras de infraestrutura e de segurança viária, ações para fiscalização e para o sistema de transporte público de passageiros; transporte de cargas, entre outras.

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Mobilidade urbana é a segunda maior demanda da população de Petrópolis, atrás apenas da Saúde e à frente de Educação. Isso demonstra que os petropolitanos se sentem insatisfeitos com os problemas de locomoção no dia a dia para ir e voltar do trabalho ou para as atividades de lazer nos fins de semana. Um estudo elaborado pela Firjan em 2016 mostrou que o tempo perdido pelos trabalhadores de Petrópolis no trajeto casa-trabalho-casa demora, em média, 2 horas por dia e gera prejuízos de R$ 398 milhões.

O presidente da Firjan Serrana, Júlio Talon, destacou que o estudo poderá contribuir com informações em prol do desenvolvimento econômico do município: “Este trabalho não se trata apenas de um diagnóstico dos desafios da mobilidade urbana em nossa cidade. Ele contempla informações importantes para a atração de novos empreendimentos e mostra que é possível que os diversos órgãos públicos e o setor privado criem alternativas viáveis e sustentáveis para a retomada do desenvolvimento, crescimento econômico, geração de empregos e melhores condições de vida para o petropolitano, respeitando as características culturais de nossa cidade. Um trabalho de alto valor que foi muito bem elaborado”, afirmou.

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O estudo com cerca de 600 páginas comtempla serviços e infraestrutura viária e de transporte de todo o território, além da gestão e operação do sistema de mobilidade, visando atender as necessidades atuais e futuras da população. O documento tem versão interativa com fotos, vídeos, gráficos e amplo levantamento com indicadores sobre aspectos da cidade que englobam áreas como saúde, educação e turismo, por exemplo.

Segundo Moreira, o plano servirá como instrumento de orientação das políticas públicas do setor de mobilidade, com diretrizes e ações para um cenário de 10 anos (2019 – 2029) e será utilizado como complemento ao Plano Diretor do município. O técnico destacou ainda a criação recente do manual de acessibilidade em calçadas desenvolvido pelo município em parceria com a Firjan e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Waltraud Keuper Rodrigues Pereira, presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas de Petrópolis (Sindmmep), enfatizou que este é um documento que deve ser de conhecimento de todos os petropolitanos: “Todos deveriam tirar um tempo para estudar o Plano de Mobilidade. Ali estão delineados os pontos críticos e as dificuldades a serem superadas em nossa cidade. Além de ter a possibilidade de ver algum ângulo não observado poderemos juntar os esforços e junto com a sociedade achar formas de superar os obstáculos, seja através de mudanças de normas e leis já ultrapassadas, seja através do diálogo em prol do município”, disse.

A empresária destacou ainda o desafio do poder público, sociedade e iniciativa privada em achar soluções para evitar problemas futuros: “Não pode haver omissão sobre este assunto. Não dá para deixar na gaveta um trabalho tão importante, rico e completo como este. O futuro nos apresenta um cenária crítico em relação a mobilidade urbana das médias e grandes cidades, mas precisamos pensar soluções para evitar ou diminuir os efeitos destes problemas para as gerações que virão”, completou.

Durante a apresentação, alguns pontos chamaram a atenção dos empresários, como os projetos para duplicação da Rua Coronel Veiga e da Avenida General Rondon; o projeto de melhoria da Estrada União e Indústria; a criação de uma rotatória na entrada do Carangola; a criação de uma ciclovia nas margens do Rio Piabanha, ao longo da Avenida Barão do Rio Branco; além da criação de um centro de distribuição de cargas no bairro Duarte da Silveira e a ligação entre Bingen e Quintandinha, que já era citada como fundamental em revistas de 1941.

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