Plano Petrópolis
Hoje temos 21 pré-candidatos a prefeito. Muitos estão a atribuir este grande número, à impossibilidade de coligações entre partidos para a eleição de vereadores, o que levaria os partidos a lançarem um candidato a prefeito para facilitar a montagem de uma chapa de candidatos à vereança.
Estão completamente equivocados: esta não é a motivação primeira. O que realmente está a contar para este elevado número é que todos pensam que podem derrotar com certa facilidade o prefeito atual, devido a uma administração cheia de altos e baixos, e a bem da verdade, mais baixos do que altos.
Eu ousaria dizer, que a esmagadora maioria destes 21 pré-candidatos a prefeito estão terrivelmente equivocados. Volto a repetir o que já falei em outras oportunidades: falta, à maioria destes consistência política, grupo, nome forte com penetração social, financiamento de campanha (para muitos destes, o percentual do fundo eleitoral, com que eles estão contando, não chegará a Petrópolis) e principalmente um “Plano para Petrópolis”.
Digo isto, porque ainda não ouvi da boca de nenhum deles, um efetivo plano, a defesa de um planejamento para nosso Município. As contas de custeio não fecham, os percentuais obrigatórios de recursos para saúde e educação, somados à folha de pagamentos, não permitem sobras para quaisquer outros investimentos.
Se os candidatos não vierem a público explicar o que planejam e realmente pretendem fazer a este respeito, todo e qualquer discurso é vazio e inócuo.
Temos um problema de difícil solução, e somente com um elaborado estudo de cortes de gastos, minimizando desperdícios, podemos iniciar um plano de retomada financeira da Cidade. Precisará se ter a coragem de cortar na própria carne com a redução drástica de comissionados e terceirizados. Medida impopular que os pré candidatos a prefeito estão evitando falar a respeito.
Temos uma máquina inchada, aparelhada e ineficiente. Urge uma modernização de gestão de pessoal e de gastos. Os que estão a aguardar a repetição do fenômeno “internet” para conquistar a cadeira palaciana, também estão equivocados: a população espera por colocações contundentes de candidatos, que falem a verdade, não se omitam e que realmente estejam preocupados com uma gestão pública eficiente.
Sei que este número de 21 ficará reduzido a pouco mais de meia dúzia, mas ainda assim, aos ensaios falta seriedade e respeito para com a população. Esta busca de alguns por 15 segundos de fama, para logo ali na frente compor de acordo apenas com seus interesses pessoais é uma prática comum e condenável. Lamentável que isto ainda ocorra: ainda é algo bem presente, o não pensar a Cidade, mas tão somente sua vaidade e interesses.
Espero e torço para que estes digam a que vieram e o que efetivamente pretendem, sem falsas promessas e tudo de conformidade com nossa realidade Municipal.