PMP nega pedido de reajuste das passagens

02/12/2016 13:15

O prefeito Rubens Bomtempo antecipou sua decisão sobre o pedido de reajuste das tarifas de ônibus que o Sindicato das Empresas de Transporte (Setranspetro) protocolou ontem na CPTrans. O estudo que acompanha o pedido indica que a chamada tarifa deveria ser reajustada para R$ 4,02. A rejeição ao reajuste foi anunciada pela Prefeitura horas depois de receber os documentos do sindicato.

O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) protocolou ontem na Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes do município, a CPTrans, um estudo técnico com o pedido de reajuste do valor das passagens de ônibus urbanos da cidade. Os cálculos feitos pelas empresas chegaram à tarifa técnica de R$ 4,02, que ainda deverá ser avaliada pelo órgão responsável.

Segundo o Sindicato, foram levados em conta, além da crise econômica e da inflação, que cresce a cada ano, grandes déficits financeiros que as empresas têm sofrido com relação à repasse de subsídios de gratuidade, reajuste salarial dos rodoviários e até mesmo o arredondamento do reajuste implantado no início do ano. 

O estudo apresentado pelas empresas mostra que o reajuste do salário dos motoristas e cobradores, que começou a vigorar em março deste ano, gerou um déficit de R$ 0,19 no valor de cada tarifa. Além disso, a ausência de repasse dos subsídios de gratuidade dos estudantes da rede municipal de ensino provocou um prejuízo de R$ 0,11 por passagem, desde janeiro. Isso tudo foi somado aos R$ 0,03 de déficit devido ao arredondamento das tarifas do último reajuste. “Anualmente há estudo técnico para revisar o valor das tarifas visando ao equilíbrio financeiro das empresas de ônibus. No ano passado aconteceram reuniões no Comutran, onde o valor da tarifa foi votado e aprovado. E esses foram os principais argumentos apresentados. 

O valor calculado pelo Setranspetro levou em conta também a redução do preço do óleo diesel, que surtiu positivamente no custo de operação. 

O Sindicato disse que considera o reajuste a última alternativa para garantir o equilíbrio financeiro e econômico do sistema de transporte. “Existem uma série de outras possibilidades que podem reduzir os custos do sistema e onerar custos das tarifas. Defendemos isenções tributárias, mobilidade urbana, subsídios de gratuidade e redução de custo operacional”, explicou Carla Rivetti, gerente de planejamento estratégico do sindicato.

A Tribuna foi às ruas para saber dos passageiros como o reajuste, caso seja aprovado, deve ser recebido, já que atualmente a tarifa básica do transporte municipal é de R$ 3,50. “A gente sabe que acontece todo ano e que é uma necessidade para que as empresas sobrevivam. Não vou te dizer que fico feliz, mas aceito o reajuste porque também não podemos quebrar as empresas, porque elas geram emprego!”, disse Luiz Eduardo Avellar, advogado. 

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