Polícia aguarda resultado de exame de DNA para encerrar caso de bebê encontrado morto no porta-malas de carro

25/11/2019 12:00

A Polícia Civil aguarda apenas o resultado do exame de DNA da mulher de 37 anos que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cascatinha e da bebê encontrada no dia 10 de novembro dentro do porta-malas de um carro para concluir o inquérito. De acordo com o delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro, Claudio Batista, tudo indica que a mulher estava grávida e tentou abortar utilizando uma chave de fenda. A criança, no entanto, nasceu viva. As investigações também apontam que ela agiu sozinha.

“Ouvimos várias testemunhas, incluindo familiares e pessoas da igreja onde ela foi antes de morrer, e todos negaram saber da gravidez. Só estamos aguardando o resultado do DNA para ter certeza de que o bebê era dela”, comentou o delegado Claudio Batista. Ele disse ainda que possivelmente a mulher usou uma chave de fenda para induzir o parto. A ferramenta foi encontrada suja de sangue na casa onde ela morava com a companheira na Estrada da Saudade. 

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Exames de necrópsia foram feitos no corpo da bebê e da mulher. O laudo na recém-nascida apontou que ela nasceu viva e morreu por asfixia. O corpo da neném foi encontrado horas depois do enterro da mulher, pela companheira dela. Estava dentro de uma sacola deixada no porta-malas do carro.

Ainda de acordo com o laudo, a menina tinha queimaduras de terceiro grau em parte da cabeça, do rosto, dos braços e do corpo. Estava enrolada em um vestido azul marinho listrado e com dois sacos plásticos na cabeça. Também estava junto ao corpo um chumaço de palha e restos de carvão. A recém-nascida media cerca de 49 centímetros e pesava três quilos. 

O laudo de necrópsia da mulher já  mostrou que ela deu à luz antes de morrer. Ela faleceu uma hora depois de dar entrada na UPA por embolia pulmonar e parada cardíaca. A mulher passou mal quando estava em uma igreja evangélica no Carangola e foi socorrida por um pastor chamado por pessoas da comunidade. A polícia descartou qualquer participação do pastor na ação da mulher e informou que ambos sequer se conheciam.  Em depoimento, ele disse que apenas atendeu os pedidos de membros da igreja para socorrer uma mulher que passava mal. Ele relatou que precisou insistir para que aceiotasse ser levada à UPA.  

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