Polícia Civil cita dados do ISP e mostra aumento da taxa de elucidação de crimes

Dados da Polícia Civil da 105 ª e 106 ª Delegacias de Polícia no município revelam que a taxa de elucidação dos crimes de letalidade violenta, registrados em 2017, chegou a 60%. Em relação às ocorrências de 2018, 30% já foram concluídos. Acompanhando a demanda regional, a Polícia Civil das duas delegacias no município solucionou mais crimes do que a média do estado. 

No último levantamento divulgado pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), referente ao segundo semestre de 2017, mostra que, na capital, somente 14% dos inquéritos policiais registrados nesse período foram solucionados. No interior, que compreende o município, a média é de 21% de resolução dos casos, seguido por Niterói também com 21%, e a Baixada Fluminense com 16%. 

Os registros de letalidade violenta compreende os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção de agente do Estado. Os dados do ISP referentes aos registros de crimes, mostram que em 2017 foram registrados 28 homicídios dolosos nas duas delegacias. Destes registros, foram instaurados 32 inquéritos policiais. Na 105 ª DP, dos 27 inquéritos, 16 foram concluídos. Já na 106 ª DP, dos 5 inquéritos, 3 foram concluídos. 

“A Polícia Civil tem trabalhado em toda região serrana com dedicação e atenção em cima dos crimes de letalidade violenta. O objetivo é reprimir estes crimes, e retirar da população a sensação de impunidade. Temos trabalhado com a investigação dos crimes, e isso é refletido nos índices que são muito bons pelo volume que temos de demanda e estrutura de trabalho”, disse o diretor do departamento de polícia da área da 7 ª DPA- Serrana, delegado Fábio da Costa Ferreira.

Em 2018, foram registrados 34 homicídios dolosos nas duas delegacias. Dos 35 inquéritos instaurados na 105 ª DP referentes a esses crimes, 12 foram concluídos. Na 106 ª DP foram instaurados 5 inquéritos referentes a homicídios em 2018. Em dezembro, um triplo homicídio registrado em Secretário, está em fase de instauração de inquérito. A delegada titular da 106 ª DP, Juliana Ziehe, explicou que os dados divulgados pelo ISP não refletem a realidade das investigações.

“O ISP acaba não refletindo o trabalho da investigação, porque os dados coletados do registro são estáticos. Os primeiros 30 dias de diligências são para montar o inquérito policial, e leva mais um tempo de investigações para a solução daquele crime. Os dados iniciais do ISP não acompanham esse trabalho e os números acabam gerando uma sensação de insegurança, quando a realidade é outra. É preciso mostrar o número de elucidação desses casos”, destacou. 

Cerca de 80% dos crimes de homicídio são decorrentes do tráfico de drogas. E a maioria dos homicídios é cometida com arma de fogo. Quanto aos demais crimes considerados letalidade violenta, segundo dados do ISP, no ano passado, foram registrados dois casos de latrocínio. Um registro de morte por intervenção de agente do Estado e não foi registrado nenhum caso de lesão corporal seguida de morte. 

Outro dado relevante divulgado pelo ISP, e que foi confirmado no trabalho de investigação das delegacias é referente ao cumprimento de mandados de prisão. Em 2017, foram cumpridos 637 mandatos, já em 2018, foram 813, um aumento de 27%. De acordo com delegado Fábio, 90% dessas prisões são consequência de um trabalho de investigação criminal.