Policiais reformados criam projeto para adolescentes

19/03/2018 10:40

Um grupo de policiais militares reformados decidiu criar uma organização para conscientizar adolescentes e adultos sobre a importância do combate ao uso de drogas. O objetivo do projeto é complementar o já existente Programa de Resistência às Drogas (Proerd), da Polícia Militar, tendo como diferencial o atendimento a jovens também do ensino médio.

A expectativa é que a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Criando Esperanças já comece os seus trabalhos de atendimento à criança e adolescente neste ano. A iniciativa tem como finalidade apoiar e desenvolver ações para defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente, através das atividades de educação profissional, especial e ambiental, voltadas para adolescentes entre 13 e 18 anos de idade.

A ideia de criar a Oscip surgiu justamente da necessidade de uma continuidade do trabalho de conscientização, que hoje é feito pelo Proerd no ensino fundamental, só que com adolescentes e adultos. Os policiais fundadores lembram que é exatamente nesta fase em que muita gente acaba entrando para a criminalidade. “Diante da realidade inquestionável de que o tráfico e o uso abusivo de drogas têm provocado danos irreparáveis à sociedade, com um aumento significativo da violência e a mobilização desgastante do poder público, principalmente nos setores da Segurança Pública, Saúde, Educação e Assistência Social, surge a necessidade de adotar ações estratégicas e de inteligência para otimizar o enfrentamento da questão”, explicou o capitão reformado Flávio Furtado, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, um dos mentores do projeto.

Com estes ideais, Flávio, o subtenente Alexandre da Costa e o tenente Osmar Feitosa, todos com passagem pelo 26º Batalhão de Petrópolis, pretendem promover projetos junto às escolas da rede municipal de ensino, com palestras e atividades visando a prevenção do uso de drogas. Além disso, eles querem ir ainda mais a fundo. “Temos que provocar debates sobre o tema, procurar ideias e soluções para a redução do índice de jovens infratores e usuários de drogas. Também queremos promover e executar projetos como cursos especiais de capacitação de agentes comunitários, para serem multiplicadores das ações preventivas, entre outras coisas. Nosso objetivo é estar sempre criando mecanismos eficientes visando a redução da demanda por drogas e dos índices de violência em comunidades”, completou Furtado.

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