Polícias usarão aplicativo em registros de grupos vulneráveis
Petrópolis foi a primeira cidade da Região Serrana a receber o projeto piloto destinado aos profissionais da área de segurança pública. Chamado de ValoraSeg, o aplicativo foi lançado pelo Governo do Estado em maio deste ano e tem como objetivo auxiliar os policiais civis e militares, além dos guardas municipais nos atendimentos e registros das ocorrências que envolvem os grupos vulneráveis (crianças e adolescentes, mulheres, idosos, LGBT, violência racial e intolerância religiosa).
O aplicativo foi apresentado aos policiais militares do 26º BPM, aos policiais civis das duas delegacias – 105ª e 106ª – e para os guardas civis de Petrópolis, durante capacitação na sede do Batalhão da PM, no Quitandinha. “Em cada região do Estado escolhemos uma cidade para a implantação do projeto piloto. Na serra, começamos a instalação aqui por Petrópolis. A partir de hoje, os policiais e guardas já poderão fazer uso da ferramenta”, explicou o superintendente de Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, coronel Duarte.
O aplicativo auxiliará os policiais e guardas no atendimento aos casos de ocorrências em que haja violência contra grupos vulneráveis, a garantia dos direitos humanos, o estímulo às boas práticas, o fortalecimento das políticas públicas de prevenção e a redução dos casos de revitimização. “É uma ferramenta que dará condições aos profissionais desenvolverem melhor o seu papel quando a ocorrência envolver grupos vulneráveis. Um exemplo, que podemos citar é o nome social. É preciso que o policial sempre pergunte qual o nome que a vítima deseja ser chamada. É uma valorização do serviço do policial e do guarda municipal”, ressaltou o superintendente.
Para o comandante do 26º BPM, coronel Oderlei Santos Alves de Souza, o aplicativo reforça as orientações dadas aos policiais e guardas. “São situações relativamente novas e com o auxilio do aplicativo irá valorizar o atendimento, além de padronizar e facilitar na realização da ocorrência”, disse o comandante. “Não só o policial, mas também o cidadão é beneficiado com o uso dessa ferramenta”, frisou.
O aplicativo também irá contribuir para a identificação mais clara e para a qualificação precisa desse tipo de violência. Um exemplo, são os casos de feminicídios que podem ser registrados como casos de homicídios. Ou ainda os de intolerância religiosa, que podem ser registrados como uma rixa ou como lesão corporal.
“O aplicativo irá auxiliar o policial na hora que o registro foi feito, garantindo assim que seja feito de forma mais correta”, explicou o coronel.