Poliomielite: cobertura vacinal está abaixo do recomendado em Petrópolis
Cinco cidades do Estado do Rio de Janeiro – Japeri, Guapimirim, Vassouras, Casemiro de Abreu e Parati – estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite. O alerta foi feito esta semana pelo Ministério da Saúde (MS) durante reunião com representantes de estados e municípios de todo o país. Em Petrópolis, de acordo com a Secretaria de Saúde, a cobertura este ano, até o mês de maio, foi de 78%. No ano passado, foi de 71%.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 312 cidades do país estão com a cobertura abaixo de 50%. Entre os municípios do Rio que estão nesta situação, Japeri é o que tem a menor cobertura (27,64%), seguido de Guapimirim (33,51%), Vassouras (35,25%), Casemiro de Abreu (44,05%) e Parati (46,25%). Apesar de Petrópolis não constar na lista do Ministério da Saúde, para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI), Carla Domingues, o risco existe para todos os municípios que estão com coberturas abaixo de 95%.
“Temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no país. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. É uma questão de responsabilidade social”, alertou a coordenadora.
O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1990 e em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem. A vacina é a única forma de prevenção da doença e para o MS a baixa cobertura vacinal, principalmente em crianças menores de cinco anos, pode levar ao surgimento da doença. A vacina da poliomielite deve ser administrada com as três primeiras doses aos dois, quatro e seis meses de idade, com reforços aos quinze meses e quatro anos. As doses são encontradas em todos os postos de saúde do município que contam com sala de vacina. A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa viral aguda. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).