PP aposta em Tereza Cristina para ampliar poder em São Paulo

30/05/2023 08:29
Por Daniel Weterman e Gregório Queiroz / Estadão

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), busca ampliar poder em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, e vai colocar a senadora Tereza Cristina (PP-MS) para presidir um instituto ligado ao partido que será criado no Estado. A organização será bancada por empresários e servirá para projetar a ex-ministra da Agricultura nacionalmente.

O movimento integra a estratégia de Ciro Nogueira para aumentar o tamanho do partido – após 28 anos de domínio do PSDB no Estado – e tentar atrair o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a legenda.

O dirigente disputa espaço com outros aliados de Tarcísio, incluindo PSD, PL e Republicanos, na corrida para filiar prefeitos considerados “órfãos tucanos” e eleger o maior número de gestores municipais e vereadores em 2024. O PSDB já perdeu um terço dos prefeitos eleitos em 2020 no Estado – pelo menos 60.

Além do instituto de Tereza Cristina, que será batizado de “Vetor”, Ciro Nogueira articula a filiação ao partido do chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Arthur Lima, como mostrou a Coluna do Estadão. Essa filiação é considerada crucial para o dirigente no Estado.

“O instituto será criado para termos um lugar de estudos aprofundados de temas que são importantes do Brasil. Serão debates sobre o futuro da mão de obra, como fazer e o que sugerir para o futuro do País”, disse Tereza ao Estadão. Ciro Nogueira a levou para um encontro com Tarcísio e outros aliados no Palácio dos Bandeirantes, em março, quando a criação da entidade foi discutida.

Filiação

O próximo passo da sigla é convidar Tarcísio para se filiar ao PP. O governador é apontado como possível candidato à Presidência diante da possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornar inelegível. Ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira já afirmou que Tarcísio é o nome mais forte para concorrer ao Planalto em 2026.

“O Ciro quer o Tarcísio no PP? Eu também quero”, afirmou Tereza, que foi ministra junto com Tarcísio na gestão Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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