Preço do gás sofrerá reajuste mensalmente

08/06/2017 16:58

A Petrobras anunciou ontem uma mudança na política de preços às distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo, comercializado em botijões. A cada mês, o preço será reajustado com base numa média mensal de cotações dos gases que integram o produto – butano e propano. A medida, que é válida para a botija de uso residencial, de 13 kg, já implica no aumento de 6,7% nas refinarias a partir deste mês de junho. 

Em Petrópolis os valores ainda se mantém entre R$ 45 e R$ 60, pegando nas distribuidoras, e entre R$ 55 e R$ 70 para entrega à domicílio. A expectativa dos revendedores é de que o preço suba de 2 a 3% nos próximos dias. “O reajuste nas refinarias, que é de onde parte o gás, vai começar a valer ainda. Esse aumento será de quase 7%. Mas isso não significa que o aumento final será de 7% no preço de venda dele ao cliente, que é o dono de casa. Claro, vai ter um aumento, porque nós não podemos essa conta sozinhos. Mas claro, vamos passar o mínimo possível ao cliente”, disse Sandro Gomes, gerente de um estabelecimento da cidade que comercializa gás de cozinha. 

Segundo a Petrobras, o preço final do botijão de 13 kg deverá sofrer um acréscimo de R$ 1,25, em média. No entanto, esse valor varia de acordo com a distribuidora. Caberá ao cliente escolher o menor preço. 

Nas ruas a reprovação da medida é grande. “Eu, assim como todo brasileiro, povo sofredor, estou com muita indignação porque tenho um monte de contas para pagar e acho esse reajuste totalmente inviável num momento desses. Uma coisa é você reajustar vez ou outra. Outra coisa é acumular reajuste que no fim do ano vai somar mais do que a inflação. Isso não pode acontecer assim, de qualquer jeito”, disse Flávio Bortoloto, comerciante. 

As correções de preço, com exceção deste mês, passam a valer sempre a partir do dia 5. De acordo com a Petrobras, o preço final será baseado em valores referentes ao mercado europeu e convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%. "Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e revendedores, uma vez que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados", disse a Petrobras, em nota.

O último reajuste no preço de GLP-P13 aplicado pela Petrobras ocorreu em 21 de março deste ano, e foi de 8,98%. 


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