Prefeitura alerta sobre perigo em áreas de risco: sirenes tocam, mas pontos de apoio ficam vazios

29/03/2019 12:40

Com mais de 130 milímetros de chuva em cerca de seis horas, a Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias acionou as sirenes do Independência na tarde de quinta-feira (28). O ponto de apoio do bairro, a Escola Municipal Alto Independência, permaneceu aberto até às 8h de sexta, mas, segundo o governo, nenhum morador compareceu ao local. Os equipamentos são ligados de forma preventiva, para que a população permaneça em um ambiente seguro no momento da chuva forte, mas as autoridades alertam: é fundamental que os moradores das áreas de risco sigam essa orientação. A Defesa Civil vai intensificar a conscientização nos bairros com a distribuição de material e mobilização de líderes comunitários. 

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A história se repete nos outros bairros que contam com as sirenes. No Natal do ano passado, seis delas foram acionadas e os pontos de apoio abertos, mas nenhum morador procurou pelos locais. No último Carnaval, a sirene da Rua João Xavier tocou, mas a população também não procurou pelo abrigo temporário. O sistema pode salvar vidas, mas, para funcionar depende da participação dos cidadãos.

"Existe um protocolo que a equipe técnica da Defesa Civil segue para fazer o acionamento das sirenes. Quando o equipamento toca, significa que o acumulado de chuva está muito alto e que podem acontecer ocorrências naquela região. Para preservar sua vida, o morador precisa ir para o ponto de apoio do seu bairro", explica o secretário de Defesa Civil, Paulo Renato Vaz. 

Nos últimos dois anos a Defesa Civil distribuiu cerca de 20 mil cartilhas de prevenção aos desastres de origem natural para os moradores que vivem em áreas de risco. Neste período, o trabalho também foi realizado nos terminais rodoviários e nas praças. O trabalho de conscientização faz parte das ações de prevenção que fazem parte do Plano Verão municipal, que reúne os órgãos de apoio e de resposta para o período chuvoso. 

Neste mesmo período, os agentes da Defesa Civil reforçaram a importância dos conjuntos de sirenes instalados com ações de orientação nos bairros. A sinalização dos pontos de apoio também foi reformulada, como forma de facilitar o entendimento dos moradores. 

“As sirenes são a melhor ferramenta de prevenção que o município possui. A organização dos pontos de apoio permite que a população permaneça em um local seguro até que se retorne à normalidade em uma situação de fortes chuvas. É um trabalho de conscientização, sempre reforçando que o sistema funcionando salva vidas”, frisa o secretário. 

Vinte sirenes em funcionamento

Petrópolis tem hoje 20 conjuntos de sirene ao todo, em 12 comunidades: Gentio, Buraco do Sapo, 24 de Maio, Alto da Serra, Bingen, Dr.Thouzet, Independência, Quitandinha, São Sebastião, Sargento Boening,Siméria e Vila Felipe. Todos os equipamentos estão funcionando, mas são acionados seguindo critérios técnicos.

“Os agentes acompanham o acumulado de água no solo em seis períodos: 15 minutos, uma hora, quatro, 24, 96 horas e 30 dias. Para as sirenes serem acionadas, os índices de chuva precisam atingir níveis críticos”, explicou Paulo Renato, contando ainda que a sistema de alerta usa três sinais sonoros. O primeiro é uma mensagem preventiva. Na sequência existe o sinal de mobilização para que os moradores procurem locais seguros ou pontos de apoio. O terceiro sinal soa quando a chuva melhora e não há mais risco para os moradores.

Outra ação importante é o canal via WhatsApp que alerta sobre a possibilidade de chuvas fortes em Petrópolis. A comunicação pelo aplicativo possibilita que a população tenha acesso a previsão do tempo através de fontes oficiais, evitando que notícias falsas causem transtornos desnecessários. O número é o (24) 98863-5497.

“Os pedidos de vistorias, de informações e de aviso de perigo, no entanto, devem continuar sendo feitos pelo telefone 199”, destaca o secretário de Defesa Civil, ressaltando os benefícios da comunicação pelo aplicativo. “A nossa medida é simples, sem custos, permitindo acesso a informação de maneira correta, por uma fonte oficial. Mas também é recomendável procurar por outros avisos, que são disponibilizados pelos governos estadual e federal”, completa Paulo Renato.

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