Prefeitura calcula prejuízos para buscar recursos no governo federal
Com 739 registros de ocorrências, dos quais 527 deslizamentos, a prefeitura iniciou o cálculo dos prejuízos das chuvas deste final de semana para apresentar ao governo federal pedido emergencial de recursos. Vamos ver se com Lula a gente tem mais sorte, porque em 2022, na gestão Bolsonaro, recebemos R$ 19 milhões e só. Porém, receber recursos adianta? Se não souber usar… Vejam o PAC das Encostas, de 2013, que nos destinou R$ 60 milhões na gestão Bomtempo. Uma década depois só foram concluídas duas das 14 obras de contenção. Teve ainda os 766 apartamentos do Vicenzo Rivetti, o primeiro (e até agora único) Minha Casa Minha Vida da cidade, também recursos liberados em 2013 e que levou sete anos para ficar pronto, investimento de R$ 63 milhões.
Desde 2011
Em 2011, o Inea anunciou até a criação de um Parque Fluvial no Vale do Cuiabá, onde ocorreu a tragédia das chuvas. Além de ter refeito calhas dos rios e outras ações para contenção, parou por isso mesmo. Nos 10 anos da tragédia, o Inea voltou a anunciar que estava completando as obras de desassoreamento, conformação da calha e proteção de talude dos rios Carvão, Santo Antônio e Cuiabá e que seriam de R$ 49 milhões. Aí se passaram mais dois anos e, em maio de 2021, o Instituto disse que eram R$ 28 milhões e estava licitando. Teve alguma movimentação ali em janeiro de 2023 e nunca mais se tocou no assunto.
Número vitaminado
Falando em recursos, o governo do Estado – mérito do Castro – colocou mais de R$ 700 milhões em obras desde 2022 na cidade e o governador é presença constante nas emergências, diga-se de passagem. Isso, ninguém pode falar. Mas, o cálculo que ele faz de investimento de quase R$ 1 bilhão precisa ser revisto. Não dá isso tudo, não. E ainda faltam quatro grandes obras prometidas que ainda não saíram do papel.
Nem isso
Dois anos depois e a prefeitura não conseguiu nem demolir o total de 134 imóveis que ficaram em ruínas do Alto da Serra. Dois anos…
Responsabilidade
Uma outra vez que mencionamos isso foi um “nooosssa” porque acertou na veia. E vamos repetir: no dia que Petrópolis tiver um radar banda x que preveja a localização exata do temporal com quatro horas de antecedência – que é o que o equipamento faz – toda a responsabilidade de não evacuação das áreas será de nossas autoridades.
Avulsos
A gente ficou com dó do político avulso. Porque teve. Os pré-candidatos a prefeito correram (de botas, coletes ou capinhas de chuva) para mostrar serviço, exibindo o que fizeram, ou melhor, teriam feito. E teve os que, sem cargos diretamente relacionados a obras, sem estarem em postos governamentais, não tinham muito o que explorar porque não conseguiram pegar carona em alguns feitos, nem sabiam muito o que dizer.
Contagem
E Petrópolis está há 321 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Ainda com muitos problemas
Você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna que a atualização do Portal da Transparência da prefeitura continua sendo um problema. A atualização é sempre atrasada. E tem mais uma grave questão: a nova lei de licitações manda publicar um ‘aviso de intenção de contratar’, documento que antecede os procedimentos posteriores, sejam eles uma concorrência, uma contratação sem licitação e coisa e tal. Ocorre que a prefeitura publica apenas esse aviso e não atualiza os procedimentos seguintes. E aí, no portal, fica tudo ‘em andamento’, mesmo que a licitação ou processo de compra tenha sido encerrado. Isso é burlar informação.
Auditoria empresarial
Um panorama sobre o funcionamento de uma auditoria empresarial será o tema do encontro dos alunos de Administração da Unifase com os diretores da Delloite Brasil, Carlos Zanota e Felipe Minelli. A Delloite tem 178 anos de história e é líder em serviços de Auditoria, Consultoria, Assessoria Financeira, Risk Advisory, Consultoria Tributária e serviços relacionados. A palestra vai ser amanhã, às 19h, no campus da Barão do Rio Branco.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br