Prefeitura defende pavilhão de R$ 11 milhões na Ipiranga: “lá só tem parreira de chuchu”

19/fev 04:19

O caso do Pavilhão Niemeyer que a prefeitura quer construir por R$ 11 milhões no Parque da Ipiranga ganhou oposição de ambientalistas. A prefeitura tenta reduzir as críticas dizendo que a área edificável do tal pavilhão fica em um local onde só tem parreira de chuchu. Disse isso oficialmente. Mas, aí é que tá: se só tivesse parreira de chuchu vai construir o pavilhão pra gente apreciar essa plantação natural do legume? É reduzir a discussão de tal forma que soe que os ambientalistas que se opuseram são pequenos em suas falas. É um total despreparo da gestão para o debate, além de desrespeitoso.

Unidade foi conseguida há 14 anos

Ambientalistas que acompanham o processo de estabelecimento do Parque desde 2008 apontam que o espaço foi idealizado e justificado para ser uma unidade incluída no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, de âmbito federal, por ser um portal de uma imensa área que abriga o maciço onde, em uma vertente fica a Barão do Rio Branco e, na outra, a Estrada da Saudade. Inclusive, a  ‘briga’ é para incluir todos os núcleos de floresta preservada no Centro Histórico nesta unidade.

Risco

E o pessoal que entende de meio ambiente diz que se assim não ocorrer, esses núcleos verdes correm o risco de serem ocupados por conta da interpretação da flexibilização dada pela atual versão do Código Florestal. Para ilustrar exemplificam com empreendimentos que estão sendo erguidos em Itaipava, nos topos dos morros. Todos nós já reparamos, incrédulos, esses topos ‘carecas’ virando condomínios. Os ambientalistas enumeram uma série de graves consequências como comprometimento dos aquíferos,  evidente risco de movimento de massa, saneamento com sumidouros, logicamente a destruição da paisagem e eliminação de corredores florestais.

Ficam abertas até o dia 27, as inscrições para seleção de ingresso nos Canarinhos de Petrópolis, o coro mais afinado e famoso do Brasil. Inscrições e informações pelo whatsapp (24) 99926-1820.

Tá valendo!

Na semana do Carnaval, ainda que período letivo tenha iniciado muita gente não foi às aulas na rede pública ou as escolas estava ainda em atividades internas, reuniões e coisa e tal.  Semana passada, quinta e sexta, também não rolou. À vera mesmo é hoje. A gente lembra porque as aulas reiniciam com ônibus sobrecarregados de estudantes, mas ainda são as mesmas carroças da PetroIta e Cascatinha.

Comissões sem mudança

Já faz três meses que Léo França deixou a Câmara de Vereadores para reassumir a presidência da Comdep e até agora não foi substituído nas comissões do legislativo. Na Comissão de Obras  e na Comissão de Educação, Assistência Social e Defesa dos Direitos Humanos continua como presidente e é vice das comissões de Finanças e na Coperlupos. Sem a composição correta os projetos ficam estacionados.

Sem pressa

E falam também que na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Fred Procópio, os projetos andam a passos de cágado manco.

Contagem

E Petrópolis está há 285 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Nova tentativa

O concurso de fotografias Moisés Pregal, que homenageia um dos ícones das lentes na cidade, não teve a repercussão esperada. Talvez pelo tema: fotos do programa Nosso Bairro, da prefeitura. Ou pelos prêmios bem minguados: R$ 1, 5 mil, R$ 1 mil e R$ 750 para primeiro, segundo e terceiro lugares e ainda prevendo a cessão de direito de imagem à prefeitura. Tanto que o Instituto Municipal de Cultura prorrogou as inscrições até o dia 26 de fevereiro.

O projeto de restauração e revitalização da Casa de Petrópolis recebeu sinal verde para captação de recursos e já recebeu a primeira doação. Cesar Weinschenck de Faria, neto de Oscar Weinschenck – segundo prefeito da cidade de Petrópolis – foi o primeiro a se sensibilizar com o projeto e fazer a doação. Foto de José Renato Lisboa Cordeiro.

Engenheiros e arquitetos

Um leitor da coluna, sobre a prefeitura não levar adiante ações que dependem de projetos, como as próprias emendas impositivas dos vereadores, levantou a questão: faltam engenheiros e arquitetos aos quadros da administração pública. E os que tem, possuem salários achatados, coisa de pouco mais de R$ 4 mil. “Como pode uma cidade como Petrópolis, que precisa desses profissionais, não dar valor a eles? Sem esses profissionais, não tem como trazer verbas de obras para a cidade”, pergunta o leitor.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

Últimas