Prefeitura paga mais uma parcela do 13º
A Prefeitura anunciou que vai depositar hoje mais uma parcela do 13º salário dos seus 12 mil servidores, aposentados e pensionistas. Com a liberação de R$ 4,3 milhões, foram serão pagos 50% do total. O restante, segundo a Secretaria de Fazenda, será pago até o dia 25 de janeiro. O município deve também pagar integralmente o salário de dezembro no último dia útil do mês.
O prefeito Bernardo Rossi lembrou que 22 cidades fluminenses estão com as folhas de pagamento atrasadas e que esta semana a Prefeitura do Rio, por exemplo, alterou o calendário de pagamento dos servidores, que passarão a receber somente no 7º dia útil do mês.
“O 13º salário de 2016 foi arrestado pela Justiça e tivemos de pagar esta conta em 2017. E o compromisso era não deixar que o salário dos servidores atrasasse sequer um dia. Cumprimos ao longo do ano e a expectativa é de quitar os 50% do abono de final de ano até o dia 25 de janeiro. Os salários de dezembro serão depositados no dia 28”, anuncia o prefeito Bernardo Rossi.
Rossi diz que o desafio da atual gestão tem sido equacionar as contas, “uma vez que o atual governo está arcando em 2017 com 14 folhas de pagamento, considerando que a atual gestão precisou quitar salários de dezembro de 2016 de funcioná- rios do Hospital Alcides Carneiro, que deixaram de ser quitados à época e ainda que o atual governo precisou repor valores referentes a arrestos judiciais para pagamento de 13º do ano passado – R$ 16,8 milhões, que foram retirados de áreas importantes, como a compra de merenda escolar”. A folha de pagamento da Prefeitura alcança em 2017, R$ 490 milhões, considerando o 13º salário desde ano e ainda o 13º atrasado do ano passado.
“Enfrentamos um ano muito difícil. A economia nacional não vai bem e em Petrópolis a situação é agravada pelo montante de R$ 766 milhões em dívidas acumuladas pelas gestões anteriores. O parcelamento de parte destas dívidas consome R$ 8,5 milhões por mês – um impacto de R$ 102 milhões por ano nas contas. Todos os esforços estão sendo feitos para manter em dia o pagamento dos servidores, o que é uma prioridade para o prefeito Bernardo Rossi”, afirmou o secretário de Fazenda Heitor Maciel Pereira.
Nas contas apresentadas pelo governo, além de repor o valor dos arrestos judiciais, ocorridos na gestão anterior, o governo atual quitou R$ 3,9 milhões em parcelas de empréstimos consignados e faturas no cartão Sisep – valores que no governo passado foram descontados nos contracheques dos servidores, mas não foram repassados aos bancos e ao Sindicato, o que impediu, por exemplo, que servidores tivessem acesso a linhas de crédito bancários e, em casos mais graves, levou servidores a terem os nomes incluídos em cadastros de restrição ao crédito (SPC e Serasa).
Em dívidas de administrações passadas, a Prefeitura quitou à vista R$ 28 milhões, em 2017. Deste montante faziam parte os salários e 13° salário do Hospital Alcides Carneiro, referentes a de 2016, valor de R$ 3,6 milhões e mais R$ 3,9 milhões de empréstimos consignados dos servidores descontados dos funcionários e que deixaram de ser repassados aos bancos.
Mais R$ 258 milhões em dívidas foram parceladas – uma despesa mensal de R$ 8 milhões, só em pagamento de dívidas – entre os quais R$ 25,4 milhões referentes a serviços prestados pelos Hospitais Santa Teresa e Clínico de Corrêas, Centro de Tratamento Oncológico (CTO) e UPAs, além de fornecedores de remédio, exames, merenda e outros itens básicos. As despesas do município este ano, chegam a R$ 954 milhões contra uma arrecadação de R$ 783 milhões.
“Nosso governo vem concentrando todos os esforços na redução de gastos – isto está sendo feito em todas as secretarias – para que possamos manter em dia o pagamento dos salários dos nossos servidores. Sabemos o valor que o trabalho de cada uma destas pessoas tem para o funcionamento da cidade e a importância disso para o cidadão petropolitano”, diz o prefeito.