Prefeitura retoma obras no Palácio de Cristal, mas intervenções no jardim continuam embargadas
Foram retomadas nessa segunda-feira (5) as obras no Palácio de Cristal, paralisadas desde janeiro. O trabalho está sendo realizado por uma nova empresa, que assumiu após a vencedora da licitação ter desistido do trabalho. No entanto, o cenário do jardim esburacado vai continuar por mais algum tempo – as intervenções foram embargadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo o Instituto, no decorrer dos trabalhos, houve uma intervenção com retroescavadeira “desnecessária e irregular” nos jardins do monumento. A fim de evitar danos ao Patrimônio Arqueológico, o Iphan embargou apenas as áreas afetadas. O órgão pediu informações à prefeitura sobre o projeto de monitoramento e resgate arqueológico.
Em nota enviada à Tribuna, a prefeitura informou que o trabalho está sendo realizado em pontos como o canteiro de obras, portaria, interior do palácio, entre outros. A assessoria de imprensa informou que, na última semana, foi realizada uma reunião entre o Iphan e representantes da prefeitura e da empresa responsável pelo serviço para alinhar como deve ser feito o trabalho nos jardins.
Ainda segundo a prefeitura, a empresa já contratou a responsável pelo levantamento de arqueologia, que vai preparar um cronograma de trabalhos, que será repassado para a Secretaria de Obras e Iphan. Depois deste procedimento, se tudo for aprovado, o órgão vai autorizar a execução, através da publicação de uma portaria. A obra deve durar 180 dias e vai custar R$ 1.144.768,83.
O Iphan destacou que o monumento é simbólico para a história do Brasil e essencial para residentes e visitantes dos dias de hoje. Acrescentou que, no palácio, o petropolitano reforça seu vínculo afetivo com a cidade e encontra um espaço de lazer e de aprendizado. O instituto também se comprometeu a fazer tudo o que estiver na sua alçada para garantir a preservação do espaço.