Prefeitura se recusa a explicar penúria financeira
A Câmara de Vereadores acreditou que os secretários de Fazenda e de Planejamento, em nome da gestão Bomtempo (esse não iria mesmo) estariam ontem na reunião convocada pelo legislativo para explicar a real situação das finanças municipais. A gente esperava, inclusive, que os vereadores os apertassem para saber qual o endividamento da administração de fato. Ninguém do governo apareceu. Na certa, creem que ignorando o problema ele deixa de existir. Ou que seria apenas um palco para apanharem bem da oposição e acharam por bem não mandar ninguém. Porém, as perguntas estão na mesa e não tem como mais fugir das respostas.
De quanto é o rombo?
Além da crise do ICMS e o estimado rombo de mais de R$ 500 milhões que vamos ter de devolver, os fiscalizadores do executivo precisam saber qual o endividamento total (que seria de R$ 1,4 bilhão) e ainda exigir um plano de contingenciamento e ainda de recuperação da capacidade de investimento. Isso precisa se dar hoje e não na próxima gestão como pretende deixar Bomtempo. Como os vereadores vão ter acesso às informações é que são elas. Talvez só judicializando.
Justiça seja feita
Ainda que tenham explorado bem o assunto (do chamamento da audiência) os vereadores Fred Procópio e Mauro Peralta, o pedido de convocação dos secretários de Fazenda e Planejamento para irem à Câmara explicar a penúria financeira foi da vereadora Júlia Casamasso.
Diga ao povo que fico!
E o Republicanos, depois que começou a ser ventilada a possibilidade de Leandro Azevedo ser vice de Leandro Sampaio, a dupla Lê e Lê à prefeitura, desmentiu em nota oficial. Disse que é fake news e que Blog continua candidato a prefeito com o professor a vice. Mas, demoraram quatro dias para desmentir. A gente acha que alguém estragou dando com a língua nos dentes e o povo pensou melhor. Porque tinha fumaça, sim.
Poxa…
Falando nisso, que pena. A gente já estava amando a dupla Lê-Lê pela gama de possibilidades de a gente brincar com os nomes.
Toda segunda
Ontem não eram nem 11 horas e já havia quatro ônibus da Petro Ita quebrados: 205- Valparaiso, 419 -Sargento Boening, 420- Meio da Serra e 454- Rio de Janeiro. No final da tarde, o placar marcava mais outras quebras: 439 – Dr. Thouzet, 457 – Sargento Boening, 401- Independência (carro 2007), 401- Independência (carro 2090) e 428- Espírito Santo. É assim que o petropolitano começa a semana. Toda semana.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 59 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Mágoas
O bom relacionamento entre prefeitura e GE Celma chegou ao fim de forma dramática. E cheio de mágoas. Bomtempo apelou para que a empresa, contrariando decisões judiciais, “conversasse com o município para um entendimento que contemple um acordo”. Depois de tudo o que rolou, nunca que iria acontecer. A empresa, que ainda tem de explicar à matriz por que não recorreu da ação, agora não decide nada localmente neste sentido. E ainda está por aqui com o prefeito que tentou colar a culpa nela nesta questão do ICMS.
Bem que a gente avisou…
Você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna, que o Tribunal de Contas do Estado deu continuidade a uma representação ingressada pela vereadora Gilda Beatriz sobre a contratação do escritório de advocacia Sardinha para essa ação do ICMS (que deu no que deu). A prefeitura pagou R$ 35 milhões de honorários ainda que os resultados a mais de ICMS tenham vigorado temporariamente por força de liminar sem que a ação tenha transitado em julgado.
Igual aqui
E não foi por falta de exemplo. São Gonçalo, em 2022, pagou, antecipadamente, R$ 43,9 milhões a um escritório de advocacia a título de ‘honorários de êxito’, em ação que visava aumentar os recursos arrecadados com os royalties. Um caso bem semelhante ao nosso, considerando apenas que lá eram royalties e aqui ICMS. Da mesma forma, conseguiram uma liminar que depois foi cassada. O TCE também abriu procedimento em relação a São Gonçalo.
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