Prefeitura sem solidariedade: nenhuma ajuda é oferecida ao Rio Grande do Sul

07/maio 04:07

A chuva no Rio Grande do Sul, que atingiu 345 cidades e já deixou 83 mortos, 111 desaparecidos,  276 pessoas feridas e 115 mil desabrigados, começou em 27 de abril e ganhou força no dia 29. A situação ainda é mais crítica porque agora as temperaturas baixaram. Assim, além de chuva, chegou o frio. E 10 dias depois desse drama que o Rio Grande do Sul começou a viver, o que a prefeitura de Petrópolis, que recebeu ajuda e manifestação de solidariedade de todo o país em 2022, inclusive do governo do Rio Grande do Sul, fez? Nada. Nenhuma nota foi emitida. Não está nem mesmo coordenando coleta de material que pode ser doado. Somente ontem, às 23h, o prefeito postou em suas redes sociais que as equipes da DC estão à disposição. É só. Mas parecia meio improvisado.

Nem se tocam

Única ação foi a Defesa Civil daqui desmentir uma mensagem em redes sociais que pedia doações em nome da prefeitura para ajudar o pessoal do Sul. Era golpe. Mas, nem mesmo desmentido a fake news eles se tocaram que podem fazer uma good e real news. Uma penca de gente querendo fazer doação de material e não sabe como.

Desconto

A gente contou aqui que a prefeitura abriu licitação, com orçamento previsto de R$ 776 mil, para contratar uma agência de turismo para compra de passagens e hospedagens para gestores da Educação para cursos em São Paulo e Ceará. São  passagens aéreas e rodoviárias para 240 pessoas. Pelo menos economizamos. Porque foi concorrida a licitação e saiu tudo por R$ 649 mil.

Deserta

Mas, nem quentinha? Eis que a prefeitura abriu licitação para contratação de quentinhas para os funcionários das vigilâncias epidemiológica e ambiental quando estão em campo em eventos com a população. Calculou gastar R$ 66 mil. E nenhuma empresa apareceu.

Iara Roccha dirige o curta metragem “Caminhos Inclusivos: Histórias de Luta e Resiliência” escrito e idealizado por Vânia Cristina do Nascimento, que representa o Instituto Alliance, associação que assiste a pessoas com deficiências, principalmente auditiva. As gravações começam este mês e a produção vai ser apresentada em redes sociais. É possível acompanhar o projeto pelo Instagram @inclusivoscaminhos.

Sobrou pra geral

Como era esperado, o Ministério Público Federal pediu ontem a cassação do governador Cláudio Castro; do vice, Thiago Pampolha, e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar. Também estão incluídos no pedido os deputados federais Áureo Ribeiro e Max Lemos;  o deputado estadual Leo Vieira e Bernardo Rossi, que em 2022, era subsecretário estadual das Cidades.

Mais mudanças à vista

Capaz de ser o caso do desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, ir passando o terno da posse.  Porque se forem condenados, Castro e Pampolha, que são governador e vice, assumiria Rodrigo Bacelar, presidente da Alerj, mas ele também tá citado no processo. Já a Assembleia Legislativa pode passar a ser comandada por Pedro Brazão, que é vice-presidente e vem a ser irmão de Chiquinho e Domingos, que foram presos acusados de matar a vereador Marielle Franco. 

Nanomachismo

A  exposição “Tristes, Loucas e Más” que segue até o dia 11 de maio, é fruto da colaboração entre o Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde e o Coletivo Feminista da UNIFASE/FMP.  A exposição captura a essência das emoções e experiências que moldam a jornada das mulheres na sociedade contemporânea. Chama atenção o nanomachismo, que são pequenas formas de violência que permeiam o cotidiano feminino. Sobre o assunto, a pesquisadora Iara Hillen fala quinta-feira, às 11h, na roda de conversa que faz parte da programação da mostra.

Fica em cartaz até sábado, no Centro Cultural da UNIFASE/FMP, “Tristes, Loucas e Más”, exposição, gratuita e aberta ao público, que marca o projeto de estudos que mergulhou nas representações sociais femininas, encontrando expressão criativa e sensível. A exposição conta com programação paralela, incluindo rodas de conversas.

Contagem

E Petrópolis está há 364 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Investimento

O governo do Estado calculou que o show de Madonna, que passou quatro dias no Rio até a apresentação, gerou R$ 300 milhões na economia. Isso sem contar a publicidade mundial de graça. O custo foi de R$ 60 milhões divididos entre prefeitura, Estado e patrocinadores. Mesma coisa é o Natal Imperial para Petrópolis. Se colocar R$ 6 milhões, mas se gerar R$ 450 milhões na economia em uma programação por 40 dias é ou não um bom negócio? Sim, né? Mas porque deixou de ser uma agenda valorizada pelo poder público?

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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