Prefeitura suspende pagamentos de fornecedores e prestadores de serviços

19/07/2018 13:30

Quitação de fornecedores e pagamentos de compromissos financeiros da Prefeitura estão suspensos a partir desta sextafeira até o dia 30 de julho. O bloqueio interno nas contas, segundo a PMP, visa garantir saldo suficiente para o depósito dos salários de 12 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas. Com dívidas acumuladas de gestões passadas com saldo devedor ainda em R$ 685 milhões, a Prefeitura vai adotar a medida todos os meses até o final do ano como forma preventiva de garantir salários. O pagamento de fornecedores e prestadores de serviço não será interrompido, mas escalonado e mantido sempre até o dia 20 de cada mês.

A medida está sendo tomada para garantir que o pagamento dos servidores continue sendo mantido em dia. A folha de pagamento mensal na casa dos R$ 35 milhões é uma das maiores despesas da administração pública. “Petrópolis é atingida duas vezes: pela crise nacional e pela crise financeira ocasionada pelas gestões passadas, uma desordem nas contas públicas. A prioridade é o recurso humano, sempre, e neste caso, precisamos abraçar duas causas fundamentais que são os servidores e a população. Estamos nos esforçando para garantir salários em dia e também os serviços básicos à população”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.

Dos R$ 81 milhões em dívidas pagas pela atual gestão, R$ 68 milhões são referentes a salários e 13º salário atrasado do funcionalismo, consignados descontados e não repassados a instituições financeiras e recolhimentos obrigatórios como PIS, Pasep e FGTS.

Este mês de julho, além dos R$ 35 milhões da folha, a prefeitura ainda precisa arcar com R$ 8,7 milhões referentes a 25% do décimo terceiro salário, compromisso assumido pelo governo com entidades que representam os servidores do município.

“Temos R$ 81 milhões já pagos e outros R$ 258 milhões parcelados – medidas essenciais para manter serviços básicos, como o fornecimento de merendas às escolas e remédios em unidades de saúde, por exemplo. O déficit anual, no entanto, é de R$ 100 milhões. Levamos todos estes números às entidades que representam os servidores. Os sindicatos estão em sua posição legítima de cobrar recomposição salarial e demais benefícios ao funcionalismo, mas temos demonstrado que hoje o esforço principal é para não faltar o salário”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.

Elaine Nascimento, secretária de Fazenda, aponta que todos os esforços são para aumento de arrecadação de tributos municipais e receitas vindas de impostos estaduais como ICMS, IPVA e royalties. “Há uma oscilação nos repasses e os bloqueios internos, farão a reserva de caixa para o esforço de manter a folha em dia. Fornecedores e prestadores de serviço também continuarão recebendo, mas em datas específicas após a quitação da folha”, afirma.

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