Presença de flanelinhas em Petrópolis causa transtorno a moradores e turistas

21/03/2023 19:58
Por Enzo Gabriel

As questões decorrentes do trânsito em Petrópolis têm causado polêmica entre os petropolitanos e aqueles que visitam a cidade. Além de todos os problemas de mobilidade urbana, já amplamente conhecidos, a hora de estacionar no Centro Histórico e até nos bairros, já há algum tempo, tem sido mais desgastante. Isso se explica pela presença de flanelinhas e a falta de fiscalização dos órgãos competentes, segundo relatos de condutores.

Presentes principalmente nas noites, fins de semana e feriados, os flanelinhas estão intimidam petropolitanos e turistas, cobram valores absurdos e são agressivos quando o condutor não paga o valor solicitado.

“A situação de Petrópolis com as vagas de rua e os flanelinhas é muito complicada, porque, em várias situações você tem que pagar para o Digipare e também para o flanelinha, sendo que eles te obrigam a pagar. Esses dias, eu estava na Rua Teresa e eles me cobraram R$40,00 para estacionar em uma vaga de Digipare. Isso é um absurdo! Não se pode fazer isso. Só deixaram de me cobrar quando eu falei que era moradora de Petrópolis e sabia que ali era uma vaga de Digipare, sem nada a ver com flanelinha. Então está cada vez mais difícil achar uma vaga em Petrópolis e, quando achamos, ficamos à mercê dos flanelinhas que ficam cobrando valores absurdos. Só por ser uma cidade histórica, um Centro Histórico, eles acham que você vai cair nesse papinho de flanelinha.”, conta Anna Clara Anjos, moradora e advogada.

No último fim de semana, um flanelinha chegou a se envolver em uma confusão com um agente da CPTrans após vandalizar placas na Rua da Imperatriz, em frente ao Museu Imperial.

Na ocasião em que a Tribuna de Petrópolis divulgou o ocorrido, diversos leitores se manifestaram prontamente. Nas redes sociais, um deles destacou: “Somos reféns desses flanelinhas no Centro e adjacências, nos abordam já impondo o serviço.” Outro leitor fez um desabafo sobre o assédio vivenciado pelos condutores: “O assédio desses “flanelinhas” está insuportável na cidade. Eles têm uma abordagem agressiva e cobram assim que você encosta o carro e depois somem. É necessário um choque de ordem nesse cidade. Uma cidade turística não pode receber assim seus turistas.”

Outra leitora mencionou a falta de fiscalização do poder público: “Todo mundo sabe que tem muitos “flanelinhas” e todo mundo sabe onde eles ficam. Só que a prefeitura não sabe de nada, não vê nada e não toma providências.”

Questionada sobre como coibir a prática, A Guarda Civil Municipal (GCM) atua nas regiões onde há denúncias, orientando os mesmos sobre a prática ilegal de extorsão ou intimidação dos motoristas.

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