Presidente da CNI diz que Lula afirmou que MP do PIS/Cofins será retirada ou devolvida

11/jun 13:55
Por Gabriel Hirabahasi e Isadora Duarte / Estadão

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse nesta terça-feira, 11, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve retirar de tramitação a medida provisória que limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins.

Alban disse ter recebido esse indicativo do próprio Lula. Segundo o presidente da CNI, o petista “quer ouvir setor produtivo”. Alban afirmou que a Receita Federal “não é melhor interlocutor” para definir sobre o assunto.

“Isso tudo que ocorreu com MP do PIS/Cofins foi uma oportunidade para o governo entender que basta”, afirmou o presidente da CNI durante reunião de mais de 20 frentes parlamentares em Brasília.

Alban se reuniu com Lula nesta terça-feira, pouco antes de se dirigir à sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para a reunião conjunta dos frentes parlamentares.

O presidente da CNI reforçou que “Lula disse que não vamos voltar a discutir PIS/Cofins”. Segundo ele, o presidente deixou em aberto a possibilidade de ouvir os anseios do setor produtivo assim que retornar de viagem que fará à Europa no fim desta semana. Lula participa de reuniões da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do G7 nos dias 13 e 14 de junho.

“Caminhos existem para diminuir diferenças tributárias e combater fraudes. Temos agenda junto com CNA com Haddad, Pacheco e Lira”, afirmou Alban.

O presidente da CNI relatou ter dito ao presidente da República que “está na hora de trabalhar do lado da despesa” e citou a possibilidade de se combater o contrabando e fraude de produtos no Brasil, que, segundo ele, teria a capacidade de arrecadar “mais de R$ 100 milhões”.

Ao anunciar o que conversou com o presidente da República, Alban foi aplaudido pelos presentes na reunião na sede da FPA. Alguns presentes, porém, reagiram com desconfiança quando o presidente da CNI informou sobre o compromisso em relação à MP do PIS/Cofins.

“Não nos custa aguardar 24h para termos resposta firme e conclusiva do Executivo”, completou Alban.

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