Prestação de contas do ICMS a mais: onde os R$ 408 milhões foram investidos?
Ainda sobre a prefeitura anunciar que quebrou sem o ICMS a mais, ficamos pensando sobre onde este dinheiro foi usado. Digamos que o orçamento normal, de R$ 1,4 bilhão, tenha sido usado para merenda, pagamentos, salários e coisa e tal. E que o ‘a mais’ de ICMS tenha sido em obras de contenção em função das chuvas de 2022. Segundo a prefeitura, em dois anos ela concluiu 79 contenções, investimento de R$ 28 milhões e tem mais 19 obras em andamento, custo de R$ 72 milhões, com pagamentos parcelados de acordo com a evolução das obras . E sobre estas não fica claro se apenas com recursos próprios. Mas, suponhamos que sejam então todas com dinheiro apenas do município. O total é de R$ 100 milhões. Então, onde foram parar os R$ 308 milhões com o ICMS a mais?
Novo PAC não está nessa conta
A Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades vistoriou no início do mês obras que migraram para o Novo PAC e estão sendo executadas pela Prefeitura com dinheiro federal total de mais de R$ 20 milhões investidos. As obras são na Rua Modesto Garrido, na Castelânea (R$ 5,8 milhões); Rua Eugênio Barcelos, no Valparaíso (R$ 750 mil); Rua Itália, na Vila Militar (R$ 5,02 milhões); Morro dos Anjos, no Caxambu (R$ 5,9 milhões); e Comunidade do Contorno, BR-040, no Bingen (R$ 3,4 milhões).
Ingratos
Falando nisso, que ingratidão com o governo federal, né? A prefeitura nem para falar desses R$ 20 milhões colocados pela União na cidade em contenção de encostas de forma mais contundente. O petista e vice-prefeito Paulo Mustrangi tinha que ser mais cuidadoso com isso para manter portas abertas em Brasília…
Bota na conta
Para não sermos injustos, a seu favor a prefeitura pode contabilizar R$ 30 milhões para indenização das casas do Morro da Oficina e ainda o que gasta de aluguel social para 3 mil famílias.
E só
De um piadista sobre as funções bem desempenhadas pela CPTrans: “escolta bem a caravana de Natal da Coca-Cola e só”.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 47 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Mais caro
Vai completar em agosto cinco anos que o Theatro Dom Pedro está fechado. A reforma mesmo só iniciou em outubro de 2019 e entre indas e vindas demorou todo este tempo e, lógico, teve aumento de custo. O valor inicial, pago pelo governo federal, era de R$ 1,6 milhão. Mas, agora chegou a R$ 2,5 milhões. Porém, se somar tudo, passa de R$ 3 milhões considerando cortinas, camarotes etc. Só de poltronas o gasto estimado é de R$ 300 mil.
A que veio?
A Secretaria da Mulher, criada pelo governo Bomtempo, um tremendo desgaste para os vereadores que aprovaram a estrutura, ainda não disse a que veio. Os vereadores governistas, inclusive, vêm cobrando o que está sendo feito da pasta para justificarem a sua aprovação. Nos corredores do Palácio Sérgio Fadel, o comentário é que os cargos em comissão da secretaria estão ocupados por indicações políticas em detrimento das técnicas. Até aí morreu Neves. Todo lugar é assim. Mas, dizem que nada anda por conta disso.
Acessibilidade
Essa é uma notícia que interessa à rede de hotelaria de Petrópolis. A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que exige que 20% dos dormitórios de hotéis e pousadas sejam acessíveis, garantido pelo menos um quarto. A cota será acrescentada no Estatuto da Pessoa com Deficiência.
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