Previdência: também caso de saúde

08/06/2017 08:00

A reforma da Previdência Social proposta pelo Governo Federal segue em discussão no Congresso Nacional. Enquanto os debates e pedidos de ajustes para que ela seja aprovada são realizados, uma coisa é fato: o brasileiro terá que trabalhar e contribuir por mais tempo para conseguir ter direito e usufruir de sua aposentadoria, o que, certamente, exigirá muito mais de sua saúde. De acordo com o texto aprovado recentemente, a idade mínima para dar entrada na sonhada aposentadoria será de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres.

Não há alternativa. Se o caminho para aposentadoria será maior, o trabalhador brasileiro terá que se cuidar mais para ter disposição e saúde suficientes para cumprir as novas exigências da Previdência. É aí que entra toda a importância de se levar uma vida ativa, com a prática regular de atividade física.

Antes mesmo de a Previdência Social entrar em debate, os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já nos mostravam a necessidade de criar o saudável hábito da prática de atividade física. De acordo com o IBGE, em 2050 a população de idosos vai triplicar no Brasil. Passará de 19,6 milhões, em 2010, o que representava 10% do total da população, para 66,5 milhões de pessoas (29,3% do povo brasileiro).

Em 2030, segundo o instituto, o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais superará o número de crianças até 14 anos. Serão 41,5 milhões de idosos ou 18% da população, ante 39,2 milhões de crianças (17,6% do total de brasileiros) – o que influenciará diretamente nos cofres previdenciários.

A boa notícia é que essa virada da população e o aumento da expectativa de vida no país já está ligada ao fato de os idosos estarem mais conscientes, se cuidando mais. Não há dúvidas de que o país vivencia um aumento do índice de pessoas que envelhecem já com o conceito e a necessidade de serem mais ativas, diferentemente de outros tempos, quando os exercícios só entravam na vida dessa faixa da população por recomendação médica.

A relação entre exercício físico, saúde e qualidade de vida é total. Com o passar dos anos, o metabolismo basal, que é a quantidade de energia que nosso corpo precisa diariamente para sobreviver, diminui. O organismo passa a funcionar mais lentamente e de modo menos eficiente. Para mantê-lo elevado, o trabalho de fortalecimento muscular através da prática de exercícios físicos é essencial. Com maior volume e ativos, os músculos dão mais sustentação à estrutura óssea, evitam seu desgaste e auxiliam de maneira mais eficiente a locomoção, o equilíbrio e as atividades cotidianas e laborais.

Por isso, se você ainda é daqueles entregues ao sedentarismo, mesmo sabendo de todos os benefícios que uma vida ativa lhe traria, é hora de repensar. Por mais que não se sinta atraído pela prática regular de atividade física, ela, cada vez mais, terá que fazer parte de sua vida. Ainda mais com as iminentes mudanças em nosso sistema previdenciário. Mais além, se o envelhecimento é inevitável, que ele aconteça, então, com saúde e qualidade.


 

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