Profissionais de saúde do HAC e UPAS estão com pagamentos atrasados há quase um mês

Profissionais da saúde que trabalham no Hospital Alcides Carneiro e nas UPA’s estão com os salários atrasados há quase um mês. São 103 funcionários que foram afastados durante o período de pandemia por estarem dentro do grupo considerado de risco. Na semana passada, a Prefeitura havia dito que o pagamento seria feito nesta semana, mas segundo os funcionários, quando entram em contato com o SEHAC a resposta que recebem é que não há previsão para o pagamento.

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Os funcionários que foram identificados pela Medicina do Trabalho como parte do grupo de risco tiveram as férias antecipadas para que ficassem em casa neste período. Há profissionais grávidas, com diabetes, asma, hipertensão, entre outros. O retorno ao trabalho estava previsto para o início de junho, mas com a situação atual da pandemia, os profissionais continuam afastados. 

Segundo os funcionários, o Sehac fez uma proposta no início de junho para que eles retornassem ao trabalho desde que assinassem um termo se responsabilizando pelo risco que poderiam correr. Os funcionários decidiram não retornar, seguindo as recomendações de saúde. Eles denunciam que não apenas os que foram afastados estão com salários atrasados, mas funcionários de outros setores de serviços que foram demitidos em março e abril não receberam a rescisão. 

“Se o pagamento não sair eu vou ter que voltar a trabalhar mesmo com risco para a minha saúde, não tenho outra fonte de renda e está muito difícil continuar assim”, relatou um funcionário que preferiu não ser identificado. 

A maior parte desses profissionais não tem outra fonte de renda. Com o atraso de um mês no pagamento, estão passando dificuldades, com contas básicas atrasadas. Uma funcionária que conversou com a Tribuna relatou que há profissionais que te filhos pequenos e que os outros membros da família também perderam o emprego nesses últimos meses, e dependem da ajuda de amigos e familiares para se manterem nesse período. 

Na última semana, a Tribuna havia noticiado o atraso nos pagamentos dos profissionais da saúde. Os valores deveriam ter sido pagos no quinto dia útil de junho. Nesta sexta-feira, a Prefeitura foi novamente questionada e disse que o  SEHAC trabalha com a previsão de quitação para o início do mês de julho. Os funcionários do grupo de risco continuam com o protocolo conforme nota da Secretaria de Saúde. E todos tiveram concedidas férias antecipadas também no mês de junho.