Progresso material e progresso espiritual
Esta pergunta toca a todos que se trazem já sob impulsos de renovação e alicerçamento de valores morais e de sentimentos mais puros e leais às leis que regem o Universo e o campo íntimo de cada natureza.
Esta arguição nos faz parar e ponderar se não nos estaremos deixando levar pelos impulsos fortes das chamativas do progresso atual e esquecendo de nós mesmos, do Espírito que somos e que precisa tanto de um alinhamento não encontrado no campo material, mas, sim, no campo espiritual e Naquele que nos criou e nos mantém, o Pai Maior.
Como evitar que sejamos abraçados somente pelo fluxo constante das exigências materiais, deixando de lado a alimentação mais sadia e perfeita a nos ajudar a compor o campo íntimo e, com isso, alicerçar mais, tanto a estrutura humana, como também, dando-nos mais condições de firmar e executar os objetivos a que viemos ampliar?
Sim, sabemos que a lida na matéria é pungente, que nos avassala, impõe, ultima e acaba, por vezes, ganhando a luta que se trava dentro de nós, não?
Mas, hoje, irmãos, temos a nosso favor as tantas mensagens, faladas e escritas; temos uma abertura maior a nos conclamar a presença nos templos da fé raciocinada, nas chamativas cristãs que se revelam ao mundo; temos a arte espírita incidindo nas sensibilidades e ajudando-nos a trabalhar sentimentos e emoções; temos exemplos de almas abnegadas e lúcidas espiritualmente, a nos impulsionar a delinear melhor nossas atitudes e sentimentos; temos os contratempos da natureza que nos sacodem e ajudam a perceber que os ultrajes feitos pelo homem na esfera e nele mesmo, estão sendo respondidos, fortemente, a lembrar a todos que somos seres responsáveis por todos esses efeitos sentidos.
O progresso material é necessário e de grande utilidade à continuação da vida, porém, com o devido equilíbrio deve ser observado por todos, pois não podemos deixar que ele nos absorva em percentuais maiores, a trazer as defasagens ao Espírito, que precisa, este, sim, de um maior abastecimento, não consigo mesmo nas premissas da materialidade, mas sim, no encontro da alma com a sublimidade que a criou e que a abastece.
O progresso do homem na esfera é necessário a compor as defasagens e arbitrariedades, estas que o trouxeram, novamente, ao exercício dele próprio.
Para que obtenha maior discernimento, paz e equilíbrio as criaturas se estabelecem entre as movimentações materiais e as vibrações dos contextos espirituais em seus diversos estágios, que são a multidão que nos envolve e que mantém contato, não com os acúmulos da matéria que nos cerca, mas, principalmente, com as vibrações de nosso ser. E, este, como reage?
Apenas, com o que absorve e com o que permite se trabalhar, não é?
Portanto, extraiamos do material o necessário ao nosso desempenho na esfera, a que possamos dele nos utilizar para manter relacionamentos que, estes sim, nos proporcionem um progredir ao Espírito que se traz preso aos elos pesados de uma ignorância, de desleixos e de desordens íntimas e que veio à reencarnação a aprender a mensurar melhor valores e sentimentos.
Alcemos nossa mente e busquemos a alimentação salutar divina a nos ajudar no ajuste ao Espírito que ainda chora e sofre por tanto ter abusado da materialidade, e se esquecido de que, por vezes, por séculos, negligenciou o verdadeiro alimento, aquele que iria impulsioná-lo ao verdadeiro progresso, ao progresso espiritual tão ansiado por todos nós.