Projeção do Focus para alta do PIB de 2022 sobe 0,56% para 0,65%

26/04/2022 09:10
Por Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues / Estadão

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta terça-feira, 26, trouxe aumento da previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que passou de 0,56% para 0,65% na última semana. Há um mês, a estimativa era de 0,50%. Considerando apenas as 61 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 0,69% para 0,70%.

O Focus foi atualizado nesta terça após mais de três semanas sem divulgação devido à greve dos servidores do Banco Central, que foi suspensa até o dia 2 de maio. No documento com a data de referência de 1º de abril, a mediana para o PIB deste ano estava em 0,52%, passando a 0,53% no relatório de 8 de abril e a 0,56% no do dia 14.

Para 2023, a mediana cedeu de 1,12% para 1,00% na última semana, de 1,30% há quatro semanas. A projeção para o PIB de 2023 vem diminuindo nas últimas pesquisas: era de 1,30% em 1º de abril, 1,25% em 8 de abril e 1,12% em 14 de abril.

O Relatório Focus ainda trouxe as medianas para o PIB de 2024 e 2025, que continuaram em 2,00%. As estimativas são mantidas há 19 semanas e 24 semanas, respectivamente.

Relação dívida/PIB

O Relatório de Mercado Focus mostrou também hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022 se manteve em 60,50% na última semana, ante 60,30% de um mês atrás.

O documento trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, de 0,50% para 0,45%. Há um mês, o porcentual estava em 0,50%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 variou de 7,55% para 7,50%, ante 7,50% de quatro semanas antes.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB passou de 63,78% para 64,10%, de 63,50% há um mês. A mediana para o déficit primário continuou em 0,50% do PIB e para o rombo nominal passou de 7,50% para 7,30%. Os porcentuais eram de 0,50% e 7,20%, respectivamente, há quatro semanas.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Semanas anteriores

No documento com a data de referência de 1º de abril, a mediana para a relação entre dívida líquida e PIB em 2022 era de 60,40% e em 2023, de 63,55%. Para o déficit primário em relação ao PIB, a expectativa nessa data era de 0,50% para 2022 e de 0,50% para o ano que vem. Já a mediana para o déficit nominal estava em 7,50% neste ano e 7,20% no próximo.

No relatório referente a 8 de abril, a mediana para a relação entre dívida líquida e PIB em 2022 era de 60,50% e em 2023, de 63,78%. Para o déficit primário em relação ao PIB, a expectativa nessa data também era de 0,50% para 2022 e de 0,50% para o ano que vem. Já a mediana para o déficit nominal estava em 7,55% neste ano e 7,50% no próximo.

Já na pesquisa com data de referência de 15 de abril, a mediana para a relação entre dívida líquida e PIB em 2022 seguia em 60,50% e em 2023, de 63,78%. Da mesma forma, para o déficit primário em relação ao PIB, a expectativa nessa data era de 0,50% para 2022 e de 0,50% para o ano que vem. Também inalterada naquela semana, a mediana para o déficit nominal estava em 7,55% neste ano e 7,50% no próximo.

Superávit comercial

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 em US$ 69,75 bilhões na última semana, de US$ 65,00 bilhões de um mês atrás, segundo a pesquisa Focus. Para 2023, passou de US$ 58,00 bilhões para R$ 60,00 bilhões, ante US$ 51,00 bilhões de quatro semanas antes.

No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, variou de US$ 13,20 bilhões para US$ 12,00 bilhões. Estava em US$ 20,60 bilhões um mês atrás. Em 2023, a expectativa para o rombo em conta corrente passou de US$ 29,60 bilhões para US$ 29,20 bilhões. Há um mês, era de US$ 33,70 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 continuou em US$ 59,00 bilhões na semana passada, ante US$ 59,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 69,00 bilhões para US$ 67,30 bilhões, frente a US$ 69,00 bilhões de quatro semanas antes.

Semanas anteriores

No documento com a data de referência de 1º de abril, a mediana para o superávit comercial em 2022 era de US$ 69,50 bilhões e em 2023, de US$ 58,00 bilhões. Para o déficit em conta corrente, a expectativa nessa data era de US$ 15,85 bilhões para 2022 e de US$ 28,80 bilhões para o ano que vem. Já a mediana para IDP estava em US$ 59,00 bilhões neste ano e US$ 69,00 bilhões no próximo.

No relatório referente a 8 de abril, a mediana para o superávit comercial em 2022 era de US$ 69,75 bilhões e em 2023, de US$ 58,00 bilhões. Para o déficit em conta corrente, a expectativa nessa data era de US$ 16,05 bilhões para 2022 e de US$ 29,80 bilhões para o ano que vem. Já a mediana para IDP estava em US$ 58,50 bilhões neste ano e US$ 67,00 bilhões no próximo.

Já na pesquisa com data de referência de 15 de abril, a mediana para o superávit comercial em 2022 era de US$ 69,75 bilhões e em 2023, de US$ 58,00 bilhões. Para o déficit em conta corrente, a expectativa nessa data era de US$ 13,20 bilhões para 2022 e de US$ 29,60 bilhões para o ano que vem. Já a mediana para IDP estava em US$ 59,00 bilhões neste ano e US$ 69,00 bilhões no próximo.

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